IGP-10 sobe 0,05% em janeiro, abaixo da previsão

Com esse resultado, o índice acumula alta de 4,27% em 12 meses; em janeiro de 2022, o índice havia subido 1,79% no mês

Roberto de Lira

(Foto: Getty Images)
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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,05% em janeiro, após o registro de inflação de 0,36% em dezembro, informou nesta terça-feira (17) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A variação ficou abaixo do consenso Refinitiv, que apontava para inflação de 0,30% no primeiro mês de 2023.

Com esse resultado, o índice acumula alta de 4,27% em 12 meses. Em janeiro de 2022, o índice havia subido 1,79% no mês e acumulava elevação de 17,82% em 12 meses.

Para André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, ainda que os preços de importantes commodities estejam em elevação ao produtor, como minério de ferro (11,92%), bovinos (2,40%), café (5,23%) e feijão (10,30%), a queda registrada nos preços dos combustíveis, especialmente gasolina (-5,31%) e Diesel (-7,15%), ajudaram a conter o avanço da taxa do índice ao produtor, que registrou queda de 0,06% nesta edição.

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“Este resultado favoreceu a desaceleração da taxa em 12 meses do IGP-10, a qual está em 4,27%, sendo o menor resultado para o IGP-10 desde novembro de 2019, quando acumulava alta de 3,33%”, afirma.

IPA

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,06% em janeiro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 0,31%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de +0,30% em dezembro para -0,59% em janeiro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de +0,52% para -1,03%.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,40% em dezembro para -1,33% em janeiro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,56% para -6,66%.

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O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 1,12% em dezembro para 1,87% em janeiro. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: café em grão, minério de ferro e bovinos. Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens: soja em grão, laranja e aves.

IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,47% em janeiro. Em dezembro, o índice mostrou alta de 0,58%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (0,85% para 0,06%), Alimentação (1,12% para 0,67%), Habitação (0,46% para 0,12%) e Despesas Diversas (0,49% para 0,10%). A

s principais contribuições para este movimento partiram dos itens: gasolina (1,82% para -0,71%), hortaliças e legumes (11,79% para 4,04%), tarifa de eletricidade residencial (1,58% para -0,53%) e serviços bancários (0,76% para 0,00%).

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Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,45% para 1,13%), Comunicação (0,11% para 0,73%), Vestuário (0,35% para 0,87%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,58% para 0,69%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.

Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: cursos formais (0,00% para 2,49%), tarifa de telefone móvel (-0,10% para 0,92%), acessórios do vestuário (-1,13% para 1,51%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,51% para 0,71%).

INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,14% em janeiro. No mês anterior a taxa foi de 0,36%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (0,27% para -0,14%), Serviços (0,35% para 0,44%) e Mão de Obra (0,44% para 0,34%).