Índice global de preços dos alimentos cai pelo 6º mês em setembro, diz FAO

Índice está menor ante o recorde registrado em março, mas leitura de setembro se encontra 5,5% acima da observada no mesmo mês de 2021

Reuters

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O índice global de preços de alimentos apurado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) caiu pelo sexto mês consecutivo em setembro, recuando das máximas de todos os tempos registradas no início deste ano, quando foi impulsionado pela guerra na Ucrânia.

A Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) disse nesta sexta-feira (7) que seu índice de preços, que acompanha as commodities alimentares mais negociadas globalmente, teve média de 136,3 pontos no mês passado, ante 137,9 revisados em agosto (o anterior era de 138,0).

O índice caiu de um recorde de 159,7 em março. A leitura de setembro foi, no entanto, 5,5% superior à do ano anterior.

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A queda mais recente foi impulsionada por uma redução mensal de 6,6% nos preços do óleo vegetal, com o aumento da oferta e os preços mais baixos do petróleo contribuindo para o declínio. Os preços do açúcar, laticínios e carnes caíram menos de um ponto porcentual.

Por outro lado, o índice de preços de cereais da FAO subiu 1,5% no mês a mês em setembro, com os preços do trigo subindo 2,2% devido a preocupações com as condições de safras secas na Argentina e nos Estados Unidos, fortes exportações da UE e maior incerteza sobre o acesso ao Mar Negro pelos portos ucranianos.

Os preços do arroz subiram 2,2%, em parte devido a preocupações com o impacto das recentes inundações graves no Paquistão.

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Safras

A FAO reduziu sua previsão para a produção global de cereais em 2022 para 2,768 bilhões de toneladas, de 2,774 bilhões de toneladas anteriores. Isso é 1,7% abaixo da produção estimada para 2021.

Espera-se que o consumo mundial de cereais em 2022/23 ultrapasse a produção em 2,784 milhões de toneladas, levando a uma queda projetada de 1,6% nos estoques globais em comparação com 2021/22, para 848 milhões de toneladas.

Isso representaria uma relação estoque-uso de 29,7%, abaixo dos 31,0% em 2021/22, mas ainda relativamente alto historicamente, disse a FAO.