Juro alto gerou críticas, mas Brasil tem desinflação melhor que outros países, diz Campos Neto

Para 2024, Campos Neto citou o fiscal como principal desafio, mas elencou também os desafios de fazer o País crescer mais e melhorar a produtividade

Estadão Conteúdo

Homenagem ao 106° Aniversário de Nascimento do Economista e ex-Deputado Federal Roberto de Oliveira Campos (1917 – 2001). Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. (Foto: Agência Câmara)
Homenagem ao 106° Aniversário de Nascimento do Economista e ex-Deputado Federal Roberto de Oliveira Campos (1917 – 2001). Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. (Foto: Agência Câmara)

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 17, que, apesar das críticas ao juro alto ao longo de 2023, o Brasil está com um processo de desinflação melhor que o de outros países.

“A inflação está convergindo, e o Brasil está com uma performance melhor que outros países. O crédito, de fato, teve um freio, houve um momento que o mercado de capitais fechou a janela, mas está estabilizado e crescendo”, afirmou, durante participação no evento “E Agora, Brasil?”, promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico.

Para 2024, Campos Neto citou o fiscal como principal desafio, mas elencou também os desafios de fazer o País crescer mais e melhorar a produtividade. “Tenho a percepção de que, apesar de não ser o mundo ideal, a reforma tributária vai ajudar em termos de eficiência”, completou.

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Segundo o presidente do BC, a sincronia global será maior em 2024 devido à briga mundial por recursos de financiamento de dívidas soberanas. “Se chegarmos em 2024 com crescimento próximo a 2023, enfrentando problema fiscal e avançando em reformas, temos todas as condições de ficarmos otimistas”, concluiu.