Lula conversa com presidentes de Irã e Turquia sobre corredor humanitário e libertação de reféns em Gaza

O presidente brasileiro aproveitou para fazer um apelo pela libertação de todos os reféns.

Reuters

Brasília, 26/09/2023 O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e a ministra da Saúde, Nisia Trindade, apresentam as estratégias para fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Brasília, 26/09/2023 O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e a ministra da Saúde, Nisia Trindade, apresentam as estratégias para fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com os presidentes do Irã, Ebrahim Raisi, e da Turquia, Recep Erdogan, sobre o conflito no Oriente Médio entre Israel e palestinos, chamando a atenção para a necessidade de se garantir um corredor humanitário aos habitantes da Faixa de Gaza e a libertação de reféns, informou o Planalto.

Na conversa com Raisi, Lula pediu que fosse feito “o possível” para que se chegue a um consenso que permita a criação de um corredor humanitário para que sejam levados itens básicos como água, alimentos, remédios e combustíveis aos palestinos em Gaza. O presidente brasileiro aproveitou para fazer um apelo pela libertação de todos os reféns.

Desde o ataque de 7 de outubro a Israel, o maior na história do país, o grupo palestino Hamas vem mantendo cerca de 200 reféns, muitos israelenses, mas há estrangeiros entre eles.

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“O mais importante é termos a condição para mulheres, crianças e idosos não sofram as consequências daqueles que querem Guerra”, destacou Lula.

“Eu fico triste quando vejo a dificuldade do povo pobre construir uma casa, um hospital. E como isso é facilmente destruído na guerra”, afirmou o presidente, lembrando do grupo de brasileiros que aguardam a abertura de passagem na fronteira com o Egito para deixar a Faixa de Gaza.

Segundo o Planalto, o presidente iraniano “defendeu o fim imediato dos bombardeios de Israel e o fim do bloqueio da Faixa de Gaza”. O Irã nega ter qualquer envolvimento com os ataques promovidos pelo Hamas — grupo apoiado pelos iranianos — contra Israel.

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Com o presidente Erdogan, da Turquia, Lula também mencionou a necessidade de um cessar-fogo na região e lembrou que sem um corredor humanitário, estrangeiros ficam impedidos de deixar a região.

Os dois mandatários condenaram ataques contra civis, considerando-os “inaceitáveis”, de acordo com o Planalto, e o presidente turco mencionou o envio de ajuda humanitária a Gaza.

Lula também pediu ajuda a Erdogan para a saída de cerca de 30 brasileiros de Gaza. O presidente turco se dispôs a auxiliar como for possível.

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“Nós temos que conversar com os dois lados que a guerra só significa retrocesso”, disse Lula.

O presidente brasileiro aproveitou para dizer que espera a visita de Erdogan ao Brasil em 2024, na cúpula do G20.

Em fase de recuperação de uma cirurgia no quadril, Lula tem permanecido no Palácio do Alvorada, mas mantido intensa articulação à distância.

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No sábado, uma semana após o ataque do Hamas a Israel, conversou por telefone com os presidentes da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, para buscar apoio à retirada de brasileiros da Faixa de Gaza.

Milhares de palestinos deixaram o norte da Faixa de Gaza em meio à expectativa de um iminente ataque terrestre israelense. Israel prometeu aniquilar o grupo militante Hamas, que controla Gaza, em retaliação ao violento ataque perpetrado por membros do grupo a várias localidades israelenses no dia 7 de outubro, quando cerca de 1.300 pessoas, na maioria civis, foram mortas.

Ao longo dos últimos dias, Israel reagiu com o mais forte bombardeio já visto em Gaza. Segundo as autoridades locais, cerca de 3 mil pessoas — muitas delas crianças — já foram mortas e cerca de 10 mil, feridas.