Nomeado ao BC do Japão indica que manterá política monetária mais leve no curto prazo

Kazuo Ueda disse que é apropriado manter flexibilização monetária e juro baixo enquanto inflação não mostrar tendência de alta

Roberto de Lira

(Getty Images)
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O Banco do Japão (BoJ) não deve promover uma mudança rápida e radical em sua política moderada no curto prazo, disse hoje Kazuo Ueda, nomeado para a presidência do Banco Central do país. A declaração foi feita durante a audiência final no parlamento que deve votar sua nomeação para o cargo.

Para ele, tanto a flexibilização monetária, com a compra de título públicos, como a política de juros mais baixos devem ser mantidas até a inflação aponte para uma tendência de alta em direção à meta de 2%.

Segundo Ueda, os benefícios do estímulo do BOJ superam seus efeitos colaterais. “Acho apropriado que a flexibilização monetária continue”, disse Ueda. “Para que a política seja revisada, acho que precisa haver uma grande melhora na tendência de preços”, completou.

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Segundo órgão de imprensa locais, que citaram as agências Reuters e Bloomberg, quaisquer indícios sobre como será a nova política do BoJ são procurados por traders e investidores globais em meio a intensa especulação de ajuste sob o novo comando. O BoJ tornou-se uma das últimas âncoras remanescentes de baixas taxas de juros em todo o mundo.

Para Ueda, no entanto, ainda precisam ser observadas “grandes melhorias” na tendência de inflação do Japão ante que a orientação mude para um aperto monetário.

“Não é que eu não tenha ideias sobre como ajustar a política atual do BoJ. Mas o ajuste desejável irá variar dependendo das mudanças econômicas no momento”, disse, reforçando que é prematuro comentar como o Banco Central pode mudar a política.

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Embora Ueda não tenha definido especificamente qual seria a tendência de inflação desejada, ele disse na audiência que estava “acima de zero, mas abaixo de 2%”.

Após a aprovação do parlamento, que precisa acontecer na duas casas legislativas, Ueda deve suceder o atual governador do Banco Central, Haruhiko Kuroda, cujo segundo mandato de cinco anos termina em 8 de abril.