Núcleo da inflação do consumo (PCE) dos EUA sobe 0,4% em abril ante março e 4,7% ante abril de 2022

Dado veio acima da projeção de mercado, que esperava PCE de 0,3% na leitura mensal e de 4,6% na anual

Roberto de Lira

(Shutterstock)
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O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, um dos indicadores mais importantes para as decisões de política monetária do Federal Reserve, subiu 0,4% em abril ante março e 4,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Departamento de Comércio americano.

O resultado veio acima do esperado pelo mercado, uma vez que o consenso Refinitiv projetava alta mensal de 0,3% e anual de 4,6%.

O núcleo do PCE exclui variações de preços de alimentos e energia, considerados mais voláteis.

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Incluindo esses preços, a inflação de consumo americana foi de 0,4% na base mensal e de 4,4% na anual em abril.

Os preços dos bens aumentaram 0,3% e os preços dos serviços subiram 0,4% em abril. Já os preços dos alimentos tiveram queda de 0,1% e os preços da energia cresceram 0,7% ante março.

Na Ata da última reunião do Fomc, o comitê de política monetária do Fed, divulgada nesta semana, os diretores do banco central americano informaram que a projeção para o PCE deste ano foi ligeiramente revisada para cima em relação à estimativa anterior, devido tanto à variação recente de preços básicos como a leituras que apontaram crescimento salarial.

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“A equipe julgou que os desequilíbrios entre oferta e demanda nos mercados de bens e de trabalho estavam relaxando um pouco mais lentamente do que o previsto”, comentou a Ata.

Com base na variação de quatro trimestres, a inflação total dos preços do PCE foi projetada para ficar em 3,1% este ano, mas com o núcleo da inflação em 3,8%.

Ainda segundo o Departamento do Comércio, a renda pessoal nos EUA aumentou 0,4% no mês, o equivalente a US$ 80,1 bilhões. A renda pessoal disponível subiu na mesma proporção, o equivalente a US$ 79,4 bilhões em abril.

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As despesas de consumo pessoal cresceram US$ 151,7 bilhões (0,8%). Essa alta refletiu um avanço de US$ 86,9 bilhões em gastos com serviços e US$ 64,8 bilhões em gastos com bens. Nos serviços, as maiores contribuições vieram dos gastos com serviços financeiros e seguros, assistência médica e “outros serviços”.

Nos bens, os gastos com veículos automotores e peças, liderados pelos automóveis novos e outros bens não duráveis ​​(como produtos farmacêuticos) foram os maiores contribuidores para o aumento.