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Os impactos da política monetária restritiva liderada por bancos centrais ao redor do mundo começaram a aparecer no setor bancário, indica a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório divulgado nesta sexta-feira, 17.
O documento aponta que o aperto monetário para combater a inflação é um dos riscos centrais para o crescimento global, considerando as incertezas sobre a escala e duração necessárias para o ciclo restritivo reduzir a inflação sustentadamente.
“Aumentos contínuos nas pressões sobre custos ou alta nas expectativas de inflação de médio e longo prazo podem levar bancos centrais a manterem taxas altas por mais tempo, provocando movimentos de grande escala nos mercados financeiros”, observa a OCDE.
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A organização ressalta que, até o momento, o ciclo de aperto provocou reprecificação das classes de ativos e gerou grandes perdas não realizadas em carteiras de títulos de instituições financeiras. “Em várias economias, o crescimento real e esperado do crédito desacelerou, tornando-se até negativo em algumas pesquisas recentes sobre empréstimos bancários, inclusive na área do euro”, informa o relatório.
Contudo, a OCDE projeta que a inflação deve reduzir nos próximos dois anos, permitindo certo relaxamento na política monetária em algumas economias já em 2024.
O relatório reduziu a previsão inflação total em países do G20 de desaceleração de 5,4% para 4,5% em 2024, enquanto a projeção do núcleo reduziu de 4,2% para 4,0% neste ano e se manteve em 2,5% para o próximo ano.