PMI composto do Reino Unido cai para 46,8 em setembro, puxado por recuo dos serviços

Queda do PMI agregado de serviços e indústria foi a mais intensa desde o período de "lockdown" da pandemia, em janeiro de 2021

Roberto de Lira

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Reino Unido, recuou em 48,6 em agosto para 46,8 em setembro, no recuo mais intenso da atividade desde o “lockdown” causado pela pandemia de covid-19, em janeiro de 2021. Os dados preliminares são da pesquisa mensal da S& Global, em parceria com o CIPS. Desconsiderando a interrupção pandêmica, essa queda na atividade no setor privado britânico foi a mais acentuada desde março de 2009.

Dos dois indicadores que fazem parte do índice composto, o PMI de serviços mostrou recuo de 49,5 em agosto para 47,2 em setembro, o patamar mais baixo em 32 meses.  Já o dado preliminar da indústria ainda permaneceu abaixo do ponto neutro de 50,0, mas avançou de 43,0 em agosto para 44,2 no mês atual, o ponto mais alto em dois meses.

A pesquisa mostrou que a demanda no país está mais fraca devido a pressões sobre o custo de vida e custos de empréstimos mais elevados. Os gerentes de compras das empresas também citaram cortes nos gastos dos clientes nos setores imobiliário e de construção. Alguns fabricantes sugeriram que a redução de estoques funcionou como um freio às suas necessidades de produção.

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John Glen, economista chefe do CIPS, disse em nota que as empresas têm sentido o impacto das condições de mercado moderadas e dos aumentos das taxas de juros, obrigando a reduções de gastos. “Os custos com salários e combustíveis continuaram a ser os principais impulsionadores da inflação, mesmo com uma ligeira melhoria nos custos de produção, que caíram para os valores de janeiro de 2021”, comentou.