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O Índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês)do setor de serviços brasileiro recuou de 53,3 em junho para 50,2 em julho, atingindo assim o patamar mais baixo em cinco meses, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (3) pela S&P Global.
O PMI composto, que agrega dados de serviços e indústria, ficou em 49,6 em julho, caindo dos 51,5 do mês de junho e ficando abaixo da marca de 50,0 pela primeira vez em cinco meses.
Segundo a pesquisa, a demanda por serviços está visivelmente mais fraca para novos negócios, com a atividade quase estagnada. Os aspectos positivos destacados foram a manutenção da criação de empregos e a atenuação das pressões inflacionárias.
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O subsetor de Finanças e Seguros liderou os rankings de crescimento, com Imóveis e Serviços Comerciais ficando na última posição no mês, disse a S&P Global.
Segundo Pollyanna De Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, os dados mostraram um cenário preocupante, especialmente porque o setor estava sendo essencial para manter a economia como um todo em modo de expansão nos últimos meses.
“A demanda fraca por serviços diminuiu significativamente o crescimento da atividade, uma tendência que, se mantida, poderia pesar sobre o PIB do terceiro trimestre”, disse em nota.
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Segundo ela, combinados com os resultados anteriores do PMI publicados para o setor industrial, os dados destacaram alguns elementos positivos e negativos. “A atividade econômica no setor privado retornou à contração em meio à quase estagnação de novos pedidos, enquanto as pressões sobre os preços diminuíram consideravelmente. Sinais de arrefecimento da demanda, em conjunto com o recuo das pressões inflacionárias na economia de serviços, poderiam levar a reduções na taxa básica de juros, talvez grandes e antes do previsto, especialmente com custos e preços do setor industrial em queda livre.”