Produção industrial e vendas no varejo da China decepcionam e BC reduz taxas de empréstimos

Produção industrial do país cresceu 3,7% em julho, ante 4,4% em junho; vendas varejistas avançam 2,5% no mês, após crescerem 3,1% em junho

Roberto de Lira

(Getty Images)
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As vendas no varejo da China e a produção industrial voltaram a decepcionar em julho, desacelerando em relação ao mês anterior e ficando abaixo das previsões de analistas, conforme dados divulgados nesta terça-feira (15) pelo Departamento Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês). O desempenho motivou um inesperado corte em algumas das principais taxas de empréstimos pelo Banco Popular da China (PBoC).

A produção industrial do país cresceu 3,7% em julho relação ao mesmo mês do ano anterior, desacelerando em relação aos 4,4% observados em junho. O dado também ficou abaixo dos 4,4% esperados pelos analistas consultados pela Reuters.

Já as vendas no varejo subiram 2,5% no mês em termos anualizados, também em proporção menor aos 3,1% de junho. Nesse caso, a mediana das projeções estava em 4,5%. A evolução das vendas no varejo foi amais fraca desde dezembro.

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Com o objetivo de elevar a liquidez interna e tentar injetar ânimo entre os consumidores, o PBoC reduziu as taxas de juros de sua linha de crédito permanente (SLF). A taxa overnight caiu 10 pontos-base para 2,65%. As taxas de sete dias e de um mês também foram reduzidas em 10 pontos-base cada, para 2,8% e 3,15%, respectivamente

O SLF, introduzido pelo Banco Central no início de 2013, serve como um canal para atender às necessidades de liquidez das instituições financeiras. Estas instituições podem contrair empréstimos do SLF junto do PBoC utilizando como garantia obrigações qualificadas e outros ativos de crédito.

As autoridades chinesas também divulgaram hoje que o investimento no setor imobiliário caiu 8,5% entre janeiro e julho em relação ao mesmo período do ano anterior, acelerando a queda de 7,9% acumulada até junho. Foi o 17º  mês seguido de contração.

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A taxa de desemprego subiu ligeiramente no mês, de 5,2% para 5,3%.

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