Produção industrial sobe 0,1% em setembro, ante estimativa de queda de 0,1%

Indústria acumula no ano recuo de 0,2% ante igual período de 2022; em 12 meses, o resultado é uma variação nula (0,0%)

Roberto de Lira

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A produção industrial brasileira subiu 0,1% em setembro, após ter registrado alta de 0,4% em agosto, informou nesta quarta-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com setembro de 2022, a produção avançou 0,6%, após ter subido 0,5% em agosto.

Os dados vieram melhores que os previstos pelo consenso Refinitiv de analistas, que estimava queda mensal de 0,1%. A projeção na comparação anual, no entanto, era de alta de 0,7%.

A indústria acumula no ano recuo de 0,2% ante igual período de 2022. No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado é uma variação nula (0,0%).

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Detalhes setoriais

Na comparação com agosto de 2023, somente uma das quatro grandes categorias econômicas e cinco dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram crescimento na produção. Entre as atividades, a influência positiva mais importante veio das indústrias extrativas, com avanço de 5,6% no mês, após acumular perda de 5,6% no período entre julho e agosto.

Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos químicos (1,5%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%).

Por outro lado, entre as 20 atividades com redução na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-16,7%), máquinas e equipamentos (-7,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,1%) exerceram os principais impactos negativos.

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A indústria farmacêutica interrompeu assim dois meses de alta, período no qual acumulou ganho de 30,2%. Os segmentos de máquinas e equipamentos e veículos, por sua vez, voltaram a recuar após os avanços no mês anterior, de 4,9% e 5,7%, respectivamente.

Entre as grandes categorias econômicas, a de bens intermediários (0,3%) foi a única taxa positiva em setembro de 2023 ante o mês anterior, interrompendo quatro meses consecutivos de queda, período no qual acumulou perda de 1,4%.

Por outro lado, o setor de bens de consumo duráveis (-4,3%) assinalou a queda mais intensa nesse mês e eliminou parte do avanço de 7,9% registrado em agosto. Os segmentos de bens de capital (-2,2%) e de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-1,4%) também mostraram resultados negativos, com o primeiro voltando a recuar após crescer 4,5% no mês anterior. O segundo eliminou parte da expansão de 4,1% verificada no período junho-agosto de 2023.

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Comparação trimestral

O índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em setembro de 2023 ante o nível do mês anterior, repetindo, dessa forma, os resultados de agosto e julho.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (-1,8%) apontou a taxa negativa mais acentuada nesse mês e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2023.

Os segmentos de bens de consumo duráveis (-0,3%) e de bens intermediários (-0,2%) também assinalaram resultados negativos em setembro de 2023. Já o setor produtor de bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,6%) mostrou a única taxa positiva nesse mês, após avançar em agosto (1,4%), julho (0,5%) e junho (0,3%) últimos.