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Apesar do crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria em 2021, a produtividade do setor caiu 4,6% no ano passado, o maior tombo na série histórica apurada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) desde 2000.
Com os impactos diretos da pandemia de covid-19 na economia desde 2020, a indústria acumulou nos últimos dois anos uma perda de produtividade de 5%, retornando para os patamares de 2016. Até então, a maior queda no indicador havia ocorrido em 2008, quando a produtividade da indústria caiu 2,2% em meio à crise financeira internacional.
A menor produtividade é calculada em função das horas de trabalho nas fábricas e do volume de bens produzidos. Na comparação com 2020, o parque industrial funcionou por um tempo 9,3% maior no ano passado, enquanto a produção aumentou apenas 4,3% na mesma comparação.
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“Essa desaceleração reflete os efeitos da segunda onda de covid-19, ocorrida no início do ano, e as dificuldades enfrentadas na retomada dos investimentos e da produção. Além de gargalos antigos, como a complexidade do sistema tributário, há problemas com a falta ou alto custo de insumos e matérias-primas”, avaliou a gerente de Política Industrial da CNI, Samantha Cunha.
A produtividade da indústria caiu em todos os trimestres de 2021. A maior queda foi no começo do ano – durante a segunda onda de contágio pela variante Ômicron do novo coronavírus. Na comparação com o último trimestre de 2020, o tombo foi de 4,2%. Nos demais trimestres do ano, a produtividade seguiu caindo em torno de 1% em cada.
Ainda assim, a CNI acredita que a produtividade do setor deve retomar a trajetória de crescimento – ainda que baixo – a partir deste ano. Em 2018 e 2019, por exemplo, o indicador cresceu 0,8% e 0,9%, respectivamente. No longo prazo, porém, pode haver um aumento sustentado da produtividade, desde que haja investimentos em inovação, como o 5G e tecnologias ligadas à indústria 4.0.
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