Putin autoriza mobilização militar e ameaça Ocidente com escalada da guerra

Serão convocados 300 mil reservistas e feitos novos investimentos em armas; presidente fala em usar "todos os meios disponíveis" para proteção

Roberto de Lira

Reprodução
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Uma semana após notícias de que a Ucrânia havia iniciado uma contraofensiva e recuperado extensas porções de seu território ocupado antes por tropas russas, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o que pode significar uma escalada do conflito, que já dura sete meses.

Em discurso transmitido pela TV nesta quarta-feira, Putin anunciou uma mobilização militar parcial da população e novos investimentos em armas. Ele também renovou ameaças aos países ocidentais. “Se a integridade territorial de nosso país estiver ameaçada, usaremos todos os meios disponíveis para proteger nosso povo. Isso não é um blefe”, declarou.

Sem fornecer provas, Putin comentou que altos funcionários da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) disseram que seria aceitável realizar ataques nucleares contra a Rússia.

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Ele também culpou a Ucrânia por ataques contra a usina nuclear na região de Zaporizhzhia , que foi ocupada por tropas russas desde o início da guerra.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, detalhou disse que a mobilização parcial terá 300.000 reservistas convocados e se aplica àqueles com experiência militar anterior. Especialistas disseram que essa é primeira mobilização do tipo na Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.

Logo após o discurso de Putin, a China exortou o Kremlin a diminuir a escalada. “Pedimos às partes envolvidas que alcancem um cessar-fogo e o fim da guerra por meio do diálogo e da negociação, e encontrem uma maneira de levar em consideração as preocupações legítimas de segurança de todas as partes o mais rápido possível”, comunicou o Ministério das Relações Exteriores da China.

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Biden reage

Em resposta às declarações de Putin, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden afirmou em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas que a Rússia “violou descaradamente os princípios fundamentais” da carta da organização global.

Ele prometeu continuar trabalhando com aliados para impor custos ao presidente russo. “Ninguém ameaçou a Rússia e ninguém além da Rússia buscou o conflito”, disse Biden.

(Com agências)