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Uma onda de tentativas de saques a supermercados e outros estabelecimentos comerciais na Argentina, iniciada no último final de semana, se transformou em munição na disputa presidencial, que tem seu primeiro turno marcado para 22 de outubro. Segundo as autoridades da província de Buenos Aires, 56 pessoas foram presas apenas na terça-feira (23) tentando praticar esses atos, informou a imprensa local.
Pelo lado governista, o ministro da Segurança, Aníbal Fernández, disse nesta semana, sem mencionar nomes, que “alguém está incentivando, procurando uma alternativa que nada tem a ver com saques, que é uma vocação para gerar conflito”.
Ainda segundo ele, desde a semana passada foi detectada uma tentativa de “armar fatos de alguma característica através do WhatsApp” em algumas províncias. Segundo o ministro, não é uma reação social à crise econômica, mas atos criminosos isolados.
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A porta-voz do governo, Gabriela Cerruti, foi mais direta e acusou o candidato libertário Javier Milei e os dirigentes e militantes da coligação “La Libertad Avanza”, de difundir imagens e rumores de saques nas redes sociais.
Milei, por sua vez, questionou essa leitura em post na rede social X (antigo Twitter) e sustentou que os atos são o “outro lado da mesma moeda” do “modelo empobrecedor” do governo.
Segundo o governo da província de Buenos Aires, os atos se iniciaram com uma campanha massiva em todas as redes sociais incitando imagens de pilhagem. No entanto, com o passar das horas, as ameaças foram se tornando fatos concretos e os incidentes começaram a acontecer.
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Um dos incidentes aconteceu na cidade de José c. Paz, quando uma multidão de 80 pessoas tentou entrar no supermercado Día, mas encontrou as portas das instalações fechadas porque havia rumores de possíveis saques. Essas pessoas derrubaram as portas e promoveram uma destruição no local. Eles ainda enfrentaram a polícia com pedras e garrafas. Também houve um relato de invasão por um grupo de 15 pessoas de um loja de roupas na capital.