Sem problemas de seca no RS, safra agrícola poderia ser ainda maior, diz IBGE

A safra de 2023 deve totalizar 305,4 milhões de toneladas, 16,1% maior que a de 2022

Estadão Conteúdo

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A estiagem no Rio Grande do Sul voltou a reduzir a estimativa para a safra gaúcha de grãos, segundo os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de maio, divulgado nesta terça-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A safra de 2023 deve totalizar 305,4 milhões de toneladas, 16,1% maior que a de 2022. O resultado é 1,1% superior ao previsto em abril, 3,3 milhões de toneladas a mais.

“Praticamente não tivemos problemas climáticos na safra até este momento, apenas pontuais, com exceção do Rio Grande do Sul, que teve seca”, disse Carlos Alfredo Guedes, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE. “Não fossem os problemas no Rio Grande do Sul, poderíamos ter uma safra ainda maior.”

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A estimativa para a colheita do Rio Grande do Sul recuou em 1,021 milhão de toneladas em relação ao previsto em abril. Também houve queda relevante no Paraná, menos 262.700 toneladas.

Segundo Guedes, a colheita da soja permitiu uma avaliação melhor da produção no Rio Grande do Sul, que foi revista para baixo em função da falta de chuvas na região, puxando a redução na projeção nacional para a safra do grão em maio ante abril.

“O Paraná sofreu um pouco também no mês de maio, choveu pouco, afetou um pouco o milho de 2ª safra”, acrescentou Guedes.

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Na passagem de abril para maio, houve aumento nas estimativas de safra de Mato Grosso (2,372 milhões de toneladas a mais), Mato Grosso do Sul (1,535 milhão de toneladas), Goiás (359.108 toneladas), Rondônia (238.722 toneladas), Maranhão (40.869 toneladas), Ceará (39.067 toneladas), Alagoas (33.887 toneladas), Rio Grande do Norte (11.580 toneladas) e Acre (3.743 toneladas).