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O volume dos serviços prestados no Brasil cresceu 0,9% entre os meses de agosto e setembro, acumulando o quinto resultado mensal positivo seguido. No acumulado do ano, a alta atinge 8,6% e, em 12 meses, chega a 8,9%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) e foram divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com esse resultado, o setor está 11,8% acima do patamar pré-pandemia e alcançou o ponto mais alto da série histórica, superando novembro de 2014.
Frente a setembro de 2021, houve alta de 9,7%.
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Os resultados vieram dentro esperado pelo mercado, pois o consenso Refinitiv estimava alta de 0,3% na comparação mensal e 8,1% na anual.
A média móvel trimestral foi de 1,1% no trimestre encerrado em setembro de 2022 frente ao mês anterior, mantendo a trajetória ascendente desde julho de 2020.
Atividades
A alta de 0,9% do volume de serviços em setembro foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas pelo IBGE. Os destaques foram para informação e comunicação (+2,0%), que registrou o terceiro resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,1%.
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As demais expansões vieram dos serviços prestados às famílias (+1,0%) e dos profissionais, administrativos e complementares (+0,2%). O primeiro setor emplacou o sétimo crescimento seguido, período em que assinalou um ganho acumulado de 11,7%; e o segundo mostrou um comportamento mais modesto, com ganho agregado de 0,3% nos dois últimos meses.
Em sentido oposto, os transportes (-0,1%) e os outros serviços (-0,3%) exerceram as influências negativas em setembro. O primeiro interrompeu uma sequência de quatro taxas positivas e o segundo devolveu uma pequena parte do avanço 7,7% verificado em agosto.
Anual e acumulado
O avanço de 9,7% na comparação com setembro de 2021 representou a décima nona taxa positiva seguida. Houve expansão em todas as cinco atividades e crescimento em 63,3% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (+15,3%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços.
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Os demais avanços vieram dos serviços de informação e comunicação (6,0%); dos profissionais, administrativos e complementares (6,9%); dos prestados às famílias (17,8%) e de outros serviços (2,6%).
Já no acumulado do ano, frente a igual período de 2021, quatro das cinco atividades de divulgação apontaram taxas positivas e crescimento em 65,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (14,1%), impulsionado pelo aumento das receitas nos segmentos de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; rodoviário coletivo de passageiros; gestão de portos e terminais; e navegação de apoio marítimo e portuário.
Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (30,3%), profissionais, administrativos e complementares (7,6%); e informação e comunicação (3,2%).
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Por regiões
Regionalmente, 19 das 27 unidades da federação tiveram expansão no volume de serviços em setembro de 2022, na comparação com o mês imediatamente anterior. Os impactos mais importantes vieram de Rio de Janeiro (0,7%), seguido por Santa Catarina (2,6%), Rio Grande do Sul (1,0%) e São Paulo (0,1%). Em contrapartida, Paraná (-2,3%) exerceu a principal influência negativa, seguido por Pernambuco (-1,6%) e Minas Gerais (-0,2%).
Detalhamento
Nos serviços prestados às famílias, houve aumento na receita das empresas de restaurantes; hotéis; serviços de bufê e atividades de condicionamento físico. Em serviços profissionais administrativos e complementares as alta principais vieram de locação de automóveis; serviços de engenharia; soluções de pagamentos eletrônicos; consultoria em gestão empresarial; atividades de cobranças e informações cadastrais; gestão de ativos intangíveis; e organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções.
Já nos serviços de informação e comunicação, o aumento de receitas foi verificado em portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; consultoria em tecnologia da informação; outras atividades de telecomunicações; e desenvolvimento de programas de computador sob encomenda.
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Em sentido oposto, o setor de outros serviços (-4,1%) registrou a única taxa negativa do indicador acumulado no ano, pressionado, sobretudo, pela menor receita real recebida pelas empresas que atuam em recuperação de materiais plásticos; administração de fundos por contrato ou comissão; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; e corretoras de títulos e valores mobiliários.
Turismo
Em setembro de 2022, o índice de atividades turísticas cresceu 0,4% ante agosto, no terceiro resultado positivo seguido, período no qual acumulou um ganho de 3,2%. Com isso, o segmento de turismo se encontra 0,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 6,7% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.
Esse desempenho, no entanto, se concentrou em apenas cinco dos 12 locais pesquisados pelo IBGE. O destaque positivo foi Rio de Janeiro (2,6%), seguido por São Paulo (0,7%), Distrito Federal (3,4%) e Pernambuco (1,6%). Em sentido oposto, Minas Gerais (-1,5%) e Rio Grande do Sul (-3,2%) tiveram os principais recuos.
Na comparação com setembro de 2021, houve alta de 22,5%, 18ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, pelo aumento na receita de empresas que atuam em transporte aéreo; locação de automóveis; restaurantes; hotéis; serviços de bufê; e rodoviário coletivo de passageiros.
Em termos regionais, todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços de turismo, com destaque para São Paulo (34,3%), Minas Gerais (33,6%), Rio de Janeiro (10,9%), Paraná (20,5%) e Rio Grande do Sul (20,0%).
No acumulado de janeiro a setembro de 2022, o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 36,9% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelas altas nas receitas de empresas de transporte aéreo de passageiros; restaurantes; hotéis; locação de automóveis; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.
Os doze locais investigados registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (44,3%), Minas Gerais (58,7%), Rio de Janeiro (19,2%), Rio Grande do Sul (47,6%) e Bahia (31,1%).
Transportes
O volume de transporte de passageiros no Brasil em setembro teve expansão de 1,6% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após ter recuado 0,5% em agosto. O segmento se encontra 1,6% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 21,0% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
O volume do transporte de cargas teve variação negativa de 0,5% em setembro de 2022, após ganho de 22,5% entre setembro de 2021 e agosto de 2022. O segmento se situa 0,5% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado no mês anterior. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 33,7% acima de fevereiro de 2020
Na comparação com setembro de 2021, o transporte de passageiros teve a décima oitava taxa positiva seguida ao avançar 22,8%, ao passo que o transporte de cargas, no mesmo confronto, cresceu 20,6%, seu vigésimo quinto resultado positivo consecutivo.
No acumulado do ano, o transporte de passageiros cresceu 35,6% frente a igual período de 2021, enquanto o de cargas avançou 15,3%.