Vendas no varejo têm queda anual de 2,8% em outubro, mostra índice Stone

Segmento de livros, jornais, revistas e papelaria teve a maior queda do mês passado, seguido de hiper e supermercados e de alimentos

Estadão Conteúdo

Shopping Center (Pixabay)
Shopping Center (Pixabay)

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As vendas no varejo voltaram a cair em outubro e registraram baixa de 2,8%, na comparação com o mesmo período de 2022, após terem tido crescimento anual de 1,9% (dado revisado) em setembro. As informações são do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo. Na comparação mensal sazonalmente ajustada, a queda do volume de vendas também foi de 2,8%, depois de subir 0,7% no mês anterior.

O índice da Stone leva em conta operações via cartões, voucher e Pix realizadas dentro do grupo StoneCo. Entre os setores, o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria teve a maior queda do mês passado (-9,1%). Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-6,7%) vieram atrás, seguidos por tecidos, vestuário e calçados (-6%); artigos farmacêuticos (-1,6%); móveis e eletrodomésticos (-0,6%); e material de construção (-0,4%).

Já na análise por Estados, Amapá (-23,3%), Sergipe (-10,5%), Alagoas (-9,4%), Santa Catarina (-7,7%), Rio Grande do Sul (-7,3%) e Mato Grosso (-6,7%) tiveram as maiores baixas na comparação anual. Apenas Pará (+2,9%), Tocantins (+2,8%), Mato Grosso do Sul (+1,2%) e Piauí (+0,5%) subiram.

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O pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, Matheus Calvelli, acredita que “os resultados obtidos nesta edição revelam uma perspectiva desafiadora para o fechamento do ano”. A tendência dos segmentos, segundo ele, levou a empresa a rever seu diagnóstico anterior, que era de um “cenário de melhora”, para um de “estabilidade, mas com cautela”.

“O fato é que o ciclo de inflação alta seguida de juros altos afetou muito o poder de compra das famílias. Não à toa, o nosso indicador apontou para resultados abaixo dos níveis de 2022 quase o ano inteiro. Esse comprometimento da renda não se resolve tão rápido assim”, complementou Calvelli.

Ele destacou ainda que o Índice Stone é uma representação mais próxima do cenário dos clientes da empresa, que são, em sua maioria, pequenos e médios empreendedores. “Portanto, vivenciam o mercado de forma um pouco diferente do que os dados macro podem sugerir”, falou.