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A Localiza (RENT3) realizou teleconferência sobre o balanço do terceiro trimestre de 2023. Os números refletiram lucro 57% superior ao observado no mesmo período do ano passado. De acordo com Rodrigo Tavares, diretor de finanças da Localiza, o resumo do trimestre foi “avanço no processo de integração, retomada da demanda, seminovos ainda desafiador”.
Os papéis da companhia reagiram bem tanto aos dados divulgados quanto à teleconferência realizada e fecharam com alta de 6,69%, a R$ 59, nesta terça-feira (14).
“O mercado continua bastante competitivo, com maior agressividade de alguns players”, diz Tavares. O CFO destacou que a tendência é positiva na divisão de contratos da companhia.
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O diretor comentou sobre a operação no México, que considera um projeto de longo prazo. O CFO entende que o mercado ainda é de baixíssima penetração, então os investimentos ainda estão em curso, por se tratar de uma operação de longo prazo. A expectativa do executivo é que a normalização só aconteça em um prazo de 3 a 5 anos.
O pricing no país ainda acompanha o estado de amadurecimento do mercado. “É uma jornada longa que ainda vamos percorrer para construir esse mercado se houver de fato o potencial”, comenta.
“A notícia positiva desse trimestre é a retomada de demanda do rent-a-car”, diz Tavares. “O segmento corporativo voltou a crescer aqui e a gente entende que o quarto trimestre também deve ser bem positivo”, comenta o CFO. Esse ponto pode permitir maior crescimento para a companhia, de acordo com o executivo, que destaca a necessidade de avanço de conquistar a meta de ROIC (retorno sobre o capital investido) esperada pela Localiza.
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Sobre o ROIC, o executivo comenta que o spread naturalmente virá através de alguns gatilhos, como a queda de juros. “O próprio rejuvenescimento da frota traz alguns ganhos nos custos variáveis”, comenta. Entre os esforços, a companhia mencionou a abertura de mais lojas.
“Uma parte das lojas virão de cidades atuais e outras em novas cidades que possamos ter a oportunidade mas o ritmo deve ser parecido com o atual”, comenta o CFO. “O cenário de seminovos ainda não se recuperou e segue mais duro que esperávamos”, diz Rodrigo Tavares, Diretor de Finanças da Localiza
“A margem ainda tem espaço para ser normalizada, depende muito das condições de mercado mas ainda não chegamos no piso”, comenta o CFO. O executivo considera que ainda é possível que o cenário se torne ainda mais desafiador antes de melhorar, no ano que vem apenas.
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O resultado foi considerado positivo pelo Itaú BBA, que destacou que “boas tendências operacionais e surpresa no lucro líquido”. O banco considera o nome como compra, com preço-alvo de R$ 80,00 e entende que é possível que a empresa tenha chegado ao seu ponto de inflexão em relação às despesas de depreciação.
“Dado que a ação vinha sofrendo com preocupações exageradas com depreciação e margem de seminovos, a falta de surpresas negativas nessa divisão e o bom desempenho no segmento de gestão de frotas agradam o mercado”, considera.
A XP ressalta que a Localiza reportou resultados consistentes, conforme esperado. Os analistas da casa ressaltam (i) resultados resilientes de Fleet Rental com (a) dinâmica de volumes melhor que o esperado (+3% versus projeção da XP) e (b) forte desempenho de Ebitda (+6% ante projeção da XP); e (ii) aumento contínuo do número de carros vendidos em Seminovos (+8% trimestre a trimestre), apesar das condições macro.
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“Do lado negativo, destacamos: (i) normalização em curso dos Seminovos (sequencialmente menores margens Ebitda e maiores níveis de depreciação); e (ii) desempenho operacional do RAC ligeiramente abaixo de nossas estimativas”, aponta, reiterando visão positiva com a Localiza e o setor.
