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SÃO PAULO – O fundo multimercado Polo Long Bias FIM é o quarto mais rentável de sua categoria, com ganhos acumulados de 47,34% nos últimos 12 meses conforme o ranking de fundos do InfoMoney.
Com um portfólio “dinâmico de curto e médio prazos”, o gestor da Polo Capital, Flávio Kac, contou ao InfoMoney que as 10 quebras de recordes do Ibovespa levaram consigo diversas ações aos seus topos. No entanto, alguns papéis ainda guardam potencial de valorização importante nos próximos meses e oferecem boa oportunidade de investimento.
“Hoje vemos o mercado externo um pouco mais tranquilo do que se via no fim do ano passado e o Brasil com potencial forte de valorização, não só das empresas. Isso tudo vai depender de o governo conseguir implementar as reformas, especialmente da Previdência”, explicou Kac.
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O gestor observa que casas de investimentos internacionais – e não apenas aquelas focadas em emergentes – começaram a comprar mais Brasil com a melhora do cenário global e acenos do novo governo federal ao liberalismo.
“Esse fluxo global pode ser o ‘pulo do gato’ para o Ibovespa. Já estamos vendo o mercado local bem alocado em bolsa, mas os estrangeiros ainda estão receosos do que vai acontecer”, conta o gestor sobre a possibilidade de expansão ainda maior do mercado acionário brasileiro.
A exposição do fundo varia muito ao longo do ano e depende de diversos fatores globais e locais. Atualmente, a posição comprada gira em torno de 80% e, para quem também quer ficar comprado na bolsa brasileira, Kac falou sobre três ações com potencial de valorização nos próximos meses e uma para evitar.
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Braskem (BRKM5)
O gestor vê “bastante potencial” nas ações da Braskem devido a um cenário “saudável” para a indústria petroquímica, boa geração de caixa e de margens pela empresa. Além disso, Kac vê ainda mais potencial de valorização da empresa caso a gigante holandesa Lyondell Basell compre a empresa.
A Odebrecht iniciou, em meados do ano passado, a negociação para a venda de sua participação na Braskem para a Lyondell Basell e, em dezembro, a gigante fez uma oferta pela parte da Petrobras. “Esperamos que essa proposta mature nos próximos meses”, diz Kac.
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Suzano (SUZB3)
A conclusão da fusão da Suzano com a Fibria tornou a empresa ainda mais relevante no mercado global de celulose, especialmente o chinês.
Os preços da celulose, que vinham em baixa e puxando a ação para baixo, devem se estabilizar ou até mesmo subir nos próximos meses, beneficiando a Suzano. “É uma empresa barata e com fluxo de caixa muito alto”, completa o gestor.
Lojas Renner (LREN3)
As ações da Renner foram uma das poucas expostas ao consumo doméstico que tiveram baixa valorização neste começo de ano. Segundo Kac, a posição vendedora de uma grande asset explica o desempenho da empresa na bolsa, mas as expectativas para os próximos meses são otimistas.
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O gestor estima que as vendas nas mesmas lojas tenham crescido dois dígitos no quarto trimestre. A empresa divulga seu resultado trimestral em 7 de fevereiro, após o fechamento do mercado. “Dada à exposição que a empresa tem no mercado doméstico, há potencial de valorização iminente no curto prazo”, avalia.
Fuja de RD, ex-Raia Drogasil (RADL3)
Enquanto o Brasil não via qualquer saída no horizonte para emergir da maior crise em 80 anos, as ações da RD (ex-Raia Drogasil) eram praticamente um porto seguro, sendo avaliadas repetidamente como “resilientes” frente a uma economia em derrocada.
Com a melhora da economia, ela deixa de ser tão interessante, avalia Kac, apontando que o segmento tem muitos competidores, a receita da companhia está menor e as lojas mais antigas já não crescem mais em vendas. “Houve muita migração dos remédios de marca para genéricos, onde a farmácia tem margem maior, mas o volume em receita é menor”, acrescenta.
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Isso não significa exatamente que o valor da ação da empresa deixará de crescer nos próximos meses, mas deve subir menos que a média do mercado. Assim, é bom ficar de fora, afirma o gestor.
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