5 ações reagem a balanços, Cielo afunda 3% com corte de recomendação e small cap dispara 52% em 7 dias

Confira os principais destaques de ações da bolsa desta quinta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Depois de esboçar leve alta pela manhã, o Ibovespa perdeu força e fechou em queda nesta quinta-feira (3), quebrando cinco sessões seguidas no positivo. Com a votação na Câmara que barrou a investigação do presidente Michel Temer não sendo vista como proxy para o apoio do governo para implementar reformas econômicas, o índice encerrou o pregão em queda de 0,53%, a 66.777 pontos. 

O movimento foi intensificado pela virada para baixo das ações da Petrobras, com os preços do petróleo perdendo força no mercado internacional. Em Nova York, o contrato do WTI fechou em queda de 1,1%, a US$ 49,03 o barril, em meio às preocupações sobre aumento da produção da commodity. 

Lideraram as perdas, contudo, as ações da Estácio, com queda de 5%, seguidas por Cielo e Fibria. Do outro lado, as ações ONs da Eletrobras, BRF e Natura fecharam como as maiores altas do índice.  

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Confira abaixo os principais destaques da bolsa desta quinta-feira:

Petrobras (PETR3, R$ 13,82, -1,50%;PETR4, R$ 13,31, -1,48%)
As ações da Petrobras viraram para queda, seguindo o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional. Em Londres, os contratos futuros do Brent registravam baixa de 0,80%, a US$ 51,94 o barril, enquanto os contratos WTI, negociados em Nova York, fecharam em queda de 1,1%, a US$ 49,03 o barril.

Na máxima do dia, as ações ONs da estatal chegaram a subir 1,07%, a R$ 14,18, enquanto as PNs registraram alta de 1,11%, a R$ 13,66.

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No radar, a Petrobras anunciou um novo reajuste de preços nos combustíveis. Segundo a estatal, será feito um aumento do preço médio nas refinarias em 0,2% para a gasolina e em 1% para o diesel. Os novos preços entram em vigor a partir da meia-noite desta sexta-feira (4). 

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais. 

Vale (VALE3, R$ 31,12, +0,03%; VALE5, R$ 28,96,+0,24%)
Depois de tentativa de alta pela manhã, as ações da Vale perderam força e fecharam em queda, descoladas do minério de ferro. A commodity negociada no porto de Qingdao, na China, subiu 0,87%, a US$ 72,93 a tonelada, enquanto os contratos futuros do minério negociados na bolsa chinesa de Dailian avançaram 0,55%, a 544 iuanes. 

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Fecharam no negativo também as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 22,95, -0,65%) – holding que detém participação na Vale – enquanto as siderúrgicas oscilaram entre perdas e ganhos, com Gerdau (GGBR4, R$ 10,91, +0,37%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,31, -1,30%), CSN (CSNA3, R$ 7,54, -1,69%) e Usiminas (USIM5, R$ 5,52, +0,36%). 

De olho nos gráficos, o analista técnico Fernando Góes, da Clear Corretora, recomendou uma compra de GGBR4 acima dos R$ 10,85, com alvo entre R$ 12,20 e R$ 12,60, dando um potencial de valorização na operação de até 16% (veja mais aqui). 

Ainda no radar, o diretor financeiro da Vale, Luciano Siani Pires, disse, em entrevista à Bloomberg que os preços do minério de ferro se recuperaram
para um nível que gera lucro, mas provavelmente não atrairá mais
oferta. Ele disse que a companhia olhando para a faixa de preço de cerca de US$ 60 a US$ 70 por tonelada. 

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Siani comentou ainda que é uma tarefa contínua explicar aos investidores
internacionais a história da Vale, pois os problemas brasileiros podem ser bons para a empresa, ao depreciar o dólar, já que a companhia obtém a maior parte da sua receita no exterior e na moeda americana. 

O minério de ferro aumentou para quase US$ 95 em fevereiro, antes de cair para US$ 53 no meio de junho em meio a receios sobre a demanda chinesa por aço. Nas últimas semana, o preço voltou a patamar superior a US$ 70, depois de um aumento na demanda das usinas siderúrgicas da China. 

Suzano (SUZB5, R$ 15,44, -0,90%)
As ações da Suzano amenizaram a queda de até 3,08%, a R$ 15,10, nesta sessão. Os papéis caíram apesar do leitura positiva sobre o balanço da empresa do 2° trimestre, segundo analistas do Itaú BBA, BTG Pactual e Bradesco BBI.

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A companhia registrou lucro líquido de R$ 199 milhões no período, queda de 79,2% na comparação com o mesmo trimestre de 2016. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 1,157 bilhão, crescimento de 19,6%, enquanto a margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) ajustada passou de 38,6% para 45,7%. A receita líquida ficou em R$ 2,530 bilhões, leve aumento de 1,1%.

Para o Itaú BBA, a performance dos custos fixos surpreendeu mais uma vez e já está próxima à meta do ano que vem de R$ 570 a tonelada. Os analistas apontaram que os resultados foram os melhores da indústria de celulose em termos de preços realizados e menores custos.

Já o BTG Pactual disse que o resultado veio bom, com dados operacionais acima das estimativas. A surpresa positiva, disseram os analistas, ficou com a performance do “cash cost” na unidade de celulose e volume e preço realizado em celulose. “Forte performance operacional combinada com surpresas positivas no front de governança corporativa devem continuar suportando o re-rating do papel”, comentaram. Eles reiteraram a recomendação de compra para a ação, destacando-a como a “top pick” do setor. 

Já o Bradesco BBI aponta que a companhia é uma das “top picks” no setor de celulose da América Latina, mas a recomendação continua como neutra por conta dos preços da celulose e de riscos cambiais. 

Cia. Hering (HGTX3, R$ 22,45, +2,28%)
As ações da Cia Hering amenizam alta após subir até 5,97%, a R$ 23,26, na máxima do dia, depois de balanço do 2° trimestre. A companhia encerrou o período com lucro líquido de R$ 88,02 milhões, uma alta de 42,8% em relação ao lucro de R$ 61,66 milhões um ano antes. A receita líquida, por sua vez, aumentou 7,5%, para R$ 406,36 milhões.

O Ebitda da companhia avançou 19,5% no segundo trimestre, totalizando R$ 73,37 milhões, com a margem Ebitda subindo 1,9 ponto percentual, chegando a 18,1%. Em seu release de resultados, a empresa atribuiu o crescimento do lucro líquido no trimestre à expansão do resultado operacional e à maior receita financeira líquida no período, que totalizou R$ 36,29 milhões.

Após o balanço, a companhia teve a recomendação elevada para neutra pelo JPMorgan. Já o BTG Pactual destacou que os números foram bons, refletindo os esforços da companhia de gerir melhor seus estoques (com um efeito relevante nas margens) assim como uma perspectiva mais benigna para as vendas. “No entanto, apesar de uma avaliação aparentemente atraente, ainda estamos esperando para ver uma recuperação sustentável no canal de franquias”, apontam os analistas do BTG, que mantêm recomendação neutra para os ativos. 

A ação da Cia Hering foi uma das recomendações do programa “Visão Técnica” da última sexta-feira e acumulam na semana ganhos de mais de 12% (veja aqui).  

Duratex (DTEX3, R$ 7,85, -2,61%)
A Duratex registrou lucro líquido de R$ 24,77 milhões no segundo trimestre, ante lucro de R$ 723 mil um ano antes. Segundo a empresa, as principais razões para o aumento foram um crédito do prêmio de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de R$ 22,3 milhões, após o pagamento de tributos, e R$ 3,4 milhões da liquidação antecipada do PSDI (Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial).

A receita líquida, por sua vez, caiu 9,5%, para R$ 916,7 milhões, como consequência da redução de 14,1% dos volumes vendidos, que ficaram em 526,572 mil metros cúbicos. Já o Ebitda cresceu 3,9% no trimestre, para R$ 218,64 milhões, com a margem Ebitda passando de 20,8% para 23,9%.

Segundo o Bradesco BBI, a Duratex reportou Ebitda mais fraco do que o esperado, impulsionado por uma performance mais fraca em Deca. Os principais destaques ficaram com: “(i) os embarques de painéis de madeira, que diminuíram 14% na base de comparação anual, principalmente devido a perdas de participação de mercado, embora a margem Ebitda tenha melhorado na comparação trimestral devido a maiores preços realizados e (ii) o Ebitda de Deca foi 12% menor do que o esperado, Principalmente impulsionado por 8,4% de volumes menores”. 

Além disso, a Duratex anunciou uma subida adicional de preços de 6% no MDF revestido, além do aumento de preços de 15% em fevereiro, mostrando que está comprometido com seu valor em relação à estratégia de volume. “Aderimos a nossa classificação outperform e esperamos que as margens retomem no segundo semestre de 2017, com uma combinação de preços e volumes mais altos”, afirmam os analistas do banco. 

Totvs (TOTS3, R$ 31,40, +4,15%)

A Totvs teve lucro líquido de R$ 32 milhões no segundo trimestre de 2017, 15,6% menor frente o resultado obtido no mesmo período de 2016, em consequência principalmente do crescimento da despesa de depreciação e amortização no período e da maior representatividade do resultado financeiro (prejuízo de R$ 6,6 milhões) sobre o Ebitda, que caiu 11% no trimestre, para R$ 86,3 milhões.

A margem Ebitda passou de 17,8% para 15,7% ante 17,8%, enquanto a receita da companhia teve alta de 1%, para R$ 550,5 milhões. 

Para alcançar Ebitda previsto para o final de 2017 de R$ 359 milhões, Ebitda da companhia teria que crescer 10% na segunda metade do ano, o que os analistas do Santander acreditam ser possível.

Cielo (CIEL3, R$ 23,97, -3,11%)

As ações da Cielo caem 8% em dois pregões, na esteira de um balanço fraco do 2° trimestre e corte de recomendação dos papéis.

Após reportar dados do 2° trimestre que não agradaram o mercado ontem, a Bradesco Corrretora revisou hoje a recomendação das ações da companhia de “outperform” (desempenho acima da média) para neutra, além de ter cortado o preço-alvo de R$ 30,00 para R$ 28,00. 

Grande encontro do mercado com a Cielo virá no 4° trimestre; clique aqui e confira essa análise.

Indústrias Romi (ROMI3, R$ 5,90, +8,26%)
As ações small caps da Indústrias Romi disparam 52% em 7 pregões e renovam máxima desde janeiro de 2014, na esteira do balanço acima do esperado pelo mercano no 2° trimestre. A euforia em torno do papel é acompanhada de forte volume financeiro. Hoje, o giro financeiro movimentado com a ação atinge R$ 1,431 milhão, contra média diária de R$ 928 mil dos últimos 21 pregões. 

No “Especial Setores” do 2° semestre da última terça-feira, a ação da Indústrias Romi foi um dos destaques positivos. Clique aqui e confira. 

Sobre o balanço do 2° trimestre, o analista João Noronha, do Santander, destacou que o resultado foi surpreendentemente positivo, guiado por margens melhores do que o esperado (margem Ebitda de 12,1%, 390 pontos-base acima da projeção), em meio ao forte processo de reestruturação da empresa, que continua a amadurecer, enquanto os melhores volumes de fundição promovem a alavancagem operacional da empresa. “Olhando para o segundo semestre de 2017, esperamos que a empresa continue a colher os benefícios de seu forte processo de reestruturação que ocorreu nos últimos anos, resultando em um risco potencial de alta de nossas estimativas”, comentou.

Ultrapar (UGPA3, R$ 72,05, +1,26%)
As ações da Ultrapar recuperaram parcialmente as perdas de 5% registradas ontem, após os conselheiros do Cade reprovaram, por unanimidade, a compra da Alesat Combustíveis pela Ipiranga, empresa do grupo Ultrapar. 

O Cade avaliou que negócio provocaria concentração substancial do mercado de distribuição de combustível e que o acordo proposto pelas empresas era insuficiente para evitar problemas de concorrência. Os conselheiros acompanharam o voto do relator do caso, João Paulo Rezende, que propôs a reprovação.

Em fevereiro, a Ultrapar disse que seguia buscando a aprovação do Cade para aquisição da Alesat após a Superintendência-Geral concluir que a operação pode resultar em elevação de preços dos combustíveis na distribuição e na revenda decorrente de um aumento do poder de mercado da Ipiranga e da elevação da possibilidade de atuação coordenada das empresas do setor.

Em nota, a Ale afirma que “essa decisão chancela a importância da história de sucesso da ALE ao longo dos seus 21 anos de atuação no mercado de distribuição de combustíveis e comprova a força e a relevância da rede revendedora e da marca da companhia”.

Rumo (RAIL3, R$ 10,82, -1,37%)
Depois de subirem 6% ontem, fechando na máxima do dia, as ações da Rumo tiveram correção hoje. Ontem, o movimento foi puxado por dados de exportação de grãos do mês de julho, que mostraram aumento de 27% na comparação anual, e um alerta de oportunidade de compra da ação antes do balanço do 2° trimestre feito pelo analista Marco Saravalle, da XP Investimentos. Para Saravalle, os números – previstos para o dia 9 de agosto – devem vir bons no período, com destaque para o crescimento de Ebitda.

A recomendação foi dada no programa “XP Connection”, que vai ao ar todas as quartas-feiras às 11h45 na InfoMoneyTV (veja aqui). Na ocasião, ele alertou também para oportunidades em Marcopolo (POMO, R$ 3,37, 0,0%) e Petrobras (PETR4). 

Além disso, os analistas do BTG Pactual ressaltou em relatório divulgado nesta manhã os dados de exportação de grãos da Secex de julho, que mostraram expressivo aumento no mês, ajudada por uma forte performance do milho.

Eles também reforçam uma leitura de balanço forte no 2° trimestre, com projeção de crescimento de mais de 20% do Ebitda no período, citando o volume de exportação total de grãos entre abril e junho, que cresceu 8,7% na comparação com os mesmos meses do ano passado. “Olhando para frente, o 3° trimestre também deve vir forte”, comentaram os analistas, citando uma visão positiva para a ação para o resto do ano, com o crescimento na comparação anual acelerando e atingindo o pico no 2° semestre. Eles reiteraram a recomendação de compra para a ação, que aparece como a “top pick” do setor para o banco.

Hypermarcas (HYPE3, R$ 28,95, -1,30%)

Depois de subirem 4% ontem, as ações da Hypermarcas tiveram correção neste pregão. A euforia na última quarta-feira ocorreu após a empresa comunicar que Igarapava Participações vai transferir suas ações para seus acionistas, tornando o empresário João Alves de Queiroz Filho acionista direto, com participação de 21,42% da companhia farmacêutica. 

Segundo o analista Marco Saravalle, da XP Investimentos, as ações reagem positivamente em meio à leitura de que, nessa nova estrutura, facilita uma possível venda da companhia, já que depende de menos veículos para tomar uma decisão, caso aja algum interessado. 

Além da notícia colocar de volta à mesa discussões sobre possíveis fusões e aquisições, a equipe de análise do JPMorgan aponta sobre um potencial pagamento de juros sobre capital próprio no curto prazo. “A nova estrutura torna o pagamento de juros sobre o capital próprio mais eficiente, pelo lado fiscal, para o acionista controlador, uma vez que sua tributação para pessoa física é menor (15%), versus para holding (34%)”, comentam. Para eles, essa alteração pode indicar que a companhia deve começar a distribuir juros sobre capital próprio antes do previsto, o que alteraria o valor justo para o papel em menos de R$ 0,50. A recomendação do banco para a ação, contudo, segue como neutra. 

Em comunicado enviado ontem à noite, a companhia esclarece que João Alvez de Queiroz Filho assumirá todos os direitos e obrigações da Igarapava previstos no acordo de acionistas e que a reorganização tem por objetivo a simplificação do investimento na Hypermarcas.

ABC Brasil (ABCB4, R$ 16,40, -1,20%)

O banco ABC Brasil registrou lucro líquido contábil de R$ 107,1 milhões no segundo trimestre de 2017, um crescimento de 2,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, o lucro somou R$ 204 milhões, avanço de 4,5% contra 2016.

O ABC Brasil também forneceu o lucro líquido recorrente, em R$ 107,1 milhões, alta de 2,9% ante o segundo trimestre de 2016. No total dos seis primeiros meses do ano, a alta foi de 9,3%, para R$ 218,3 milhões.

O ROAE contábil ficou em 14% ao ano de abril a junho de 2017, ante 13,1% ao ano no mesmo período do ano passado. Já o ROAE recorrente foi de 14% ao ano no segundo trimestre de 2017 ante 15,1% em 2016. A carteira de crédito expandida somou R$ 22,905 bilhões, um avanço de 9% na comparação com o segundo trimestre de 2016.

O ABC Brasil fechou o segundo trimestre deste ano com R$ 26,549 bilhões em ativos totais, um crescimento de 16,8% na comparação com igual intervalo de 2016, e patrimônio líquido de R$ 3,089 bilhões, alta de 14,9% na mesma base de comparação. O índice de Basileia caiu 1,9 ponto porcentual do segundo trimestre do ano passado para este ano, de 18,1% para 16,2%.

De acordo com o Itaú BBA, os resultados foram piores do que o esperado, tendo como destaques negativos a queda da qualidade dos ativos e o aumento das taxas de inadimplência, de 70 pontos-base na comparação trimestral. 

BRF (BRFS3, R$ 39,73, +2,79%)

O executivo José Roberto Pernomian Rodrigues renunciou à vice-presidência da BRF e o cargo fica vago até a nova deliberação do conselho de administração.

Rodrigues teve sua prisão decretada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em São Paulo. O executivo teve seu nome envolvido em 2007 na Operação Persona, da Polícia Federal, que investigava a Cisco. Seu nome foi ligado ainda à Operação Carne Fraca, em março deste ano, na qual teve um mandado de condução coercitiva expedido em seu nome.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a BRF reiterou que o processo trata de situações ocorridas há mais de 10 anos, não tendo qualquer relação com o exercício de suas atividades na BRF. “De acordo com os assessores legais consultados pela companhia, a referida decisão não impede José Roberto de exercer cargo de administrador em sociedades, uma vez que não é definitiva e não se enquadra nos casos previstos no artigo 147, parágrafo 1º, da Lei nº 6.404/1976”, informou a BRF, em comunicado. 

JBS (JBSS3, R$ 7,77, +0,78%)
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidiu referendar decisão da área técnica para aplicar multa de R$ 40 milhões à JBS pelo descumprimento de condições relativas a acordo de 2014, celebrado com o próprio Cade, quando a empresa firmou contrato de arrendamento de unidades de abate da Rodopa Indústria e Comércio de Alimentos e da Forte Empreendimentos e Participações.

Segundo o Cade, em maio deste ano, o JBS desfez a operação com os frigoríficos, mas sem seguir as condições pré-determinadas pelo conselho para o desfazimento do negócio, o que levou à aplicação da multa. Na mesma decisão, Cade aplicou multa de R$ 1,6 milhão, conjunta, à Rodopa e à Forte. 

Ainda sobre a JBS, a companhia contratou Alfred “Al” Almanza como diretor global de segurança alimentar e garantia de qualidade. Ele fará parte do time de gestão global da JBS, se reportando diretamente a Gilberto Tomazoni, presidente global de operações. Antes da JBS, o executivo era do Departamento de Agricultura, Segurança Alimentar e Serviço de Inspeção dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês). Segundo fato relevante da JBS, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Almanza será responsável por iniciativas relacionadas à segurança alimentar e de expansão dos mercados globais de exportação. Atualmente, a companhia possui 300 mil clientes em 150 países.

Unipar (UNIP6, R$ 9,31, +2,31%)

A operação de desinvestimento da participação acionária detida pela Unipar na Tecsis Tecnologia e Sistema Avançados está estruturada em etapas, segundo comunicado. Em um primeiro momento, a Unipar subscreve e integraliza todas as ações emitidas pela Tecsis, mediante aumento de capital de R$ 55 milhões. Em seguida, Unipar deverá subscrever e integralizar títulos representativos de dívida conversíveis em ações a serem emitidos pela Tecsis no montante de até R$ 55 mi, baseado no passivo descoberto da Tecsis e na proporção de participação da Unipar em 31 de março de 2017. As ações e títulos de dívida detidos pela Unipar serão, posteriormente, vendidos por R$ 1,00 cada à GI Eólica Participações, controlada da Estáter Gestão de Investimentos. 

Em 28 de julho,a  Unipar disse que conselho aprovou os principais termos e condições para realização de desinvestimento da participação acionária na Tecsis Tecnologia e Sistema Avançados, atual coligada da companhia, representativa de 17,8% do capital social. 

Sabesp (SBSP3, R$ 33,86, -1,02%) 

O governo do Estado de São Paulo encaminhou para a Assembleia Legislativa projeto de lei que dispõe sobre a reorganização societária da Sabesp, disse a companhia em fato relevante.  O Projeto de Lei prevê autorizar o Poder Executivo a constituir sociedade por ações com o propósito de reunir ativos de saneamento básico e outros cuja exploração guarde relação com seu objeto precípuo. 
Também prevê que a Sociedade Controladora vai exercer o controle acionário da Sabesp e auxiliar o Governo do Estado de São Paulo na implementação de políticas públicas na área de saneamento básico. O governo deverá manter a titularidade da maioria do capital votante da Sociedade Controladora, ficando autorizada a participação de outros acionistas em posição minoritária. Os acionistas privados serão admitidos na Sociedade Controladora com o objetivo de fornecer capital, agregar valor aos negócios e fortalecer a governança corporativa desta e da Sabesp.

BTG Pactual (BBTG11, R$ 15,59, -1,64%)

Ao jornal Valor Econômico, o diretor financeiro e de RI do BTG Pactual, João Dantas, apontou que, até o fim deste ano, o banco pode vender 100% das ações que detém na empresa de commodities Engelhart Commodities Trading Partners (ECTP) para os sócios. Se isso se concretizar, a saída do banco do negócio se dará de forma mais rápida do que o previsto.

Taesa (TAEE11, R$ 23,40, +0,86%)

A Assembleia Geral Extraordinária ratificou a transferência, para a Taesa, da totalidade das participações acionárias detidas pela Cemig nas concessionárias Transleste, Transudeste e Transirapé, segundo comunicado. A conclusão da restruturação societária está sujeita, ainda, à obtenção das demais aprovações prévias pertinentes, como do Cade, Aneel, credores e bancos financiadores.

Cesp (CESP6, R$ 16,41, +1,93%)
O preço mínimo de ações da Cesp em leilão será de R$ 16,80 por ação, segundo consta no edital publicado no website da Secretaria da Fazenda de SP.

O Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização decidiu, em reunião extraordinária na quarta-feira, recomendar ao governador Geraldo Alckmin aprovação de todos os documentos relativos à desestatização da Companhia Energética de São Paulo, segundo ata da reunião publicada no Diário Oficial de
SP.

O leilão de venda das ações está previsto para 26 de setembro, na B3. Serão ofertadas, em bloco único, 116,5 milhões de ações, sendo 87,5 milhões de ações ON e e 28,9 milhões de PN classe B detidas pelo Estado de SP e Cia. do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Dersa, Sabesp, DAEE e Companhia Paulista de Parcerias (CPP). A participação representa 40,6% do capital social da Cesp. O Conselho também recomendou a venda de 16,4 milhões de ações ON a empregados habilitados, correspondendo a aproximadamente 5% do capital social. A oferta será em 2 lotes, sendo 689.520 ações com deságio de 50% sobre o preço mínimo do leilão, e 15,7 mi de ações sem deságio sobre o preço mínimo. A venda do lote de 116,5 milhões de ações deve render pelo menos R$ 1,96 bilhão. A venda do lote com deságio aos empregados deve render pelo menos R$ 5,79 milhões; lote sem deságio deve render pelo menos R$ 263,5 milhões. 

O novo controlador deverá realizar uma Oferta Pública de Aquisição:  de ações com direito a voto de propriedade dos demais acionistas da Cesp, por preço equivalente a, no mínimo, 80% do preço final do leilão, somado ao preço adicional em relação às ações adquiridas no leilão, atualizado, dividido pelo número de ações. De ações preferenciais nominativas classe B dos demais acionistas por preço equivalente a 100% do preço final do leilão somado ao preço adicional em relação às ações adquiridas no leilão, atualizado, dividido pelo número de ações. O novo controlador ficará obrigado a pagar na liquidação do leilão quantia adicional de R$ 5,79 mi “de modo a compensar as ações da oferta aos empregados com deságio”. 

OGPar (OGXP3, R$ 4,27, -4,26%)
Depois de subirem 8% ontem, as ações da OGPar, antiga OGX Petróleo, caíram nesta sessão. Na última quarta-feira, a empresa informou que a 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro decretou o encerramento do processo de recuperação judicial da companhia. A empresa entrou com o processo de recuperação no dia 30 de outubro de 2013, com dívidas superiores a R$ 13,8 bilhões. 

Segundo a OGPar, “o encerramento da fase judicial da recuperação atenderá aos ditames legais, sem prejuízo da continuidade do cumprimento dos planos de recuperação judicial e da solução de incidentes ainda pendentes de julgamento, os quais permanecerão a correr perante o juízo da recuperação judicial”.

A empresa informou ainda que “há recursos pendentes de julgamento contra a decisão que homologou os planos de recuperação judicial”, mas que não têm impacto que evite o fim do processo de recuperação judicial. “Com o encerramento do processo de recuperação judicial, as companhias estão aptas a iniciar uma nova fase, com foco no desenvolvimento de suas atividades”, disse a OGX em comunicado.