A imagem que resume o movimento de mínima do dólar após intervenções do BC

Moeda, que chegou a subir cerca de 2%, ameniza os ganhos após resultado do leilão de swap reverso realizado pelo Banco Central

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O dólar sobe nesta segunda-feira (21) após o Banco Central ter anunciado, ainda na noite de sexta, que iria realizar um leilão de swap cambial reverso, que equivale a compra futura de dólar. Dos 20 mil contratos ofertados com vencimento em 1º de julho de 2016, 5.500 foram aceitos e movimentaram US$ 272,7 milhões, segundo a autoridade monetária.

Às 13h01 (horário de Brasília), o dólar comercial registrava ganhos de 0,79%, cotado a R$ 3,6094 na compra e R$ 3,6101 na venda, enquanto o dólar futuro tinha perdas de 0,5%, a R$ 3,617 na venda. Apesar desta ser um mecanismo que tende a pressionar a moeda para alta, no momento do leilão o dólar atingiu sua mínima do dia. Esta foi a primeira vez que o BC realizou um leilão de swap reverso desde 2013.

A atuação foi entendida no mercado como uma porta de saída rápida para investidores que haviam apostado na alta da moeda norte-americana e foram pegos de surpresa pelo tombo recente, além de corrigir distorções no mercado causadas pela euforia política e que causaram fortes quedas na moeda. Confira o movimento do dólar futuro após o leilão do BC:

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Mais cedo, a autoridade colocou todos os 3.600 contratos de swap para rolagem. No primeiro leilão, foram 2.600 contratos com vencimento em 1º de fevereiro de 2017, enquanto no segundo foram 1.000 com vencimento em 3 de abril de 2017. O valor total de swaps chega a US$ 174,7 milhões.

Apesar das intervenções do BC, o cenário político segue como principal destaque no mercado. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), tentará realizar hoje a segunda das 10 sessões plenárias que a presidente Dilma Rousseff tem de prazo para apresentar sua defesa contra o impeachment. A intenção da oposição é apresentar um parecer e levar o impeachment à votação na primeira quinzena de abril. 

Os ânimos em torno do impeachment estão cada dia mais acirrados, com o aumento do apoio da população. Segundo pesquisa do Datafolha, o apoio ao processo subiu de 60% em fevereiro para 68% em março. Para conter a adesão ao processo de impeachment, Dilma Rousseff estuda lançar um novo pacote de estímulos à economia, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.