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SÃO PAULO – O onda de pânico nos mercados nesta segunda-feira (24) mal foi digerida e a bolsa japonesa e chinesa já dão sinais do que se pode esperar para o próximo pregão. Como já é terça-feira no território asiático, a índice chinês da Bolsa de Xangai desabava 5,5%, para 3.035 pontos, enquanto o japonês Nikkei, da bolsa de valores de Tóquio, recuava 2,48%, a 18.081 pontos, amenizando perdas depois de ter caído próximo a abertura quase 4%. As informações são relativas às cotações das 22h47 (horário de Brasília).
Com a queda desta sessão, as ações chinesas estendiam para a queda mais íngreme desde 2007, enquanto o índice Nikkei renovava a mínima dos últimos seis meses. O índice da Bolsa de Valores da Malásia também caía 1,6%, para o menor nível desde janeiro de 2012 e acumulava desde 2014 queda de 20%, configurando “bear market” (mercado baixista).
No Japão, o movimento da bolsa era puxado pelas ações de empresas exportadoras e “pesos pesados” do índice. As fabricantes de automóveis, como Toyota Motor, Nissan, Szuki Motor e Sony caíam entre 3% e 4%, enquanto os papéis da fabricante de equipamentos de construção Komatsu recuavam 4,6%.
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As ações seguem forte derrocada da véspera, quando o Nikkei encerrou em baixa de 4,6% em meio a preocupações sobre o ritmo de crescimento da economia chinesa, que levou abaixo também os preços das commodities além das demais bolsas internacionais.
“Ninguém gosta de ver os mercados implodirem dessa forma, mas não há muito o que se possa fazer. Esse é o problema”, disse James Lee, diretor administrativo e chefe da área de renda fixa da First NZ Capital, em entrevista à Bloomberg News.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones chegou a desabar 6% na segunda-feira antes de amenizar as perdas, para terminar com queda de 3,58%, enquanto o S&P 500 recuou 3,94%.