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SÃO PAULO – Apesar do silêncio dos últimos dias, as tensões sobre a Coreia do Norte seguem no radar.
E, desta vez, conforme aponta reportagem da CNBC, há mais uma fonte de “dor de cabeça” para os Estados Unidos: os laços mais estreitos entre o regime de Pyongyang com a Síria, dois barris de pólvora políticos, que estão suscitando receios de uma cooperação mais profunda entre eles em tecnologia de mísseis e armas químicas.
O relacionamento bilateral de longa data, que remonta ao final da década de 1960, se estreitou este ano, mesmo que ambos os países enfrentem sanções internacionais. O ministro das relações sociais e de trabalho da Síria, Rima al-Qadiri, se reuniu na semana passada com o embaixador norte-coreano Jang Myong Ho para discutir o aumento dos laços bilaterais, informou a mídia estatal síria. Jang afirmou que seu país quer ajudar o regime do presidente Bashar al-Assad com os esforços de reconstrução da nação síria.
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“O envolvimento maior da Coreia do Norte em uma nação atingida por uma guerra civil violenta, que inclui a brutalidade do Estado islâmico, não é um bom presságio para um governo dos EUA já preocupado com a aliança militar em andamento”, aponta a CNBC.
Jay Solomon, do think tank americano The Washington Institute, destacou em nota recente que o governo do presidente Donald Trump está cada vez mais preocupado com o fato de que Kim Jong Un não estar apenas lucrando com a guerra de seis anos da Síria, mas também aprendendo com isso.
A expectativa é de que as exportações norte-coreanas de equipamentos militares para a nação árabe, incluindo propulsores para os mísseis balísticos Scud da Síria, roupas protetoras e respiradores, ocorram há anos. E com a receita cada vez mais apertada em meio às novas sanções, Pyongyang deve continuar promovendo novas vendas.
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Também há alegações de que conselheiros militares da Coreia do Norte estejam dentro da Síria – uma acusação que os dois países negaram. Também acredita-se que a Coreia do Norte esteja ajudando a desenvolver uma instalação nuclear síria, que foi destruída em um ataque aéreo israelense em 2007.
A Casa Branca tem aumentado a pressão econômica sobre o governo de Kim, muitas vezes também fazendo ameaças militares para interromper o programa de armas nucleares da Coreia do Norte. Enquanto isso, na Síria, os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para atingir grupos extremistas desde o final de 2014, mas Trump disse que sua administração tinha “muito pouco a ver com a Síria” além de derrotar o Estado islâmico.
De qualquer forma, aponta Salomon, a Casa Branca precisará mobilizar todos os seus aliados do Oriente Médio e da Ásia para se proteger contra atos de proliferação potencialmente piores do que um reator da Coreia do Norte construído no leste da Síria.
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Vale ressaltar que as relações diplomáticas saudáveis ??há muito caracterizaram as relações entre a Coreia do Norte e a Síria. Os governos de ambos os países geralmente trocam mensagens de apoio e as duas nações, que eram clientes da União Soviética durante a Guerra Fria, também possuem uma profunda história de dinastias familiares autoritárias.