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BRASÍLIA – A decisão sobre a abertura de capital da Caixa Econômica Federal não será tomada pelo governo sem a realização de um estudo de viabilidade, disse nesta segunda-feira a recém empossada presidente da instituição, Miriam Belchior.
“Nenhuma medida será tomada nessa direção sem que antes se faça, no mínimo, um estudo de viabilidade”, disse ela a jornalistas, respondendo a perguntas sobre a eventual abertura de capital da instituição financeira, após sua cerimônia de posse.
“Não temos como adiantar questões sobre isso enquanto não houver uma análise aprofundada”, afirmou Belchior, acrescentando que até o momento não há estudos sobre esse tema.
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A ex-ministra do Planejamento do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff assumiu a presidência da Caixa, maior financiadora habitacional do país, com 70 por cento do mercado brasileiro, cercada de expectativa em relação à preparação do banco para a abertura de capital, seguindo ideia levantada pela presidente Dilma Rousseff no fim ano passado.
Ela substitui Jorge Hereda, que estava à frente da instituição financeira desde março de 2011, período no qual a Caixa mais que triplicou sua carteira de crédito.
Respondendo a poucas perguntas em entrevista a jornalistas após a cerimônia de posse, a nova presidente da instituição disse que a composição da nova diretoria do banco ainda está em discussão no governo.
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Miriam disse ainda que a gestão do banco será voltada para o cumprimento da entrega da meta de 3 milhões de moradias do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) e que a Caixa terá relevância na nova carteira de investimentos em infraestrutura logística.
EFICIÊNCIA
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teve participação de destaque na cerimônia de posse de Belchior, cabendo a ele o encerramento da posse, num discurso em que voltou a defender o ajuste fiscal e ressaltou a necessidade de que bancos cumpram indicadores de eficiência.
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“Esse é um período de desafio para as instituições financeiras. Temos que estar muito atentos a indicadores de desempenho.”
Levy comentou que no passado a incerteza fiscal colocou o banco em risco. Mas mencionou que isso ocorreu apenas em períodos de inflação alta, exigindo o saneamento da instituição e também do Banco do Brasil.
No comando de um programa de reorganização das contas públicas que abrange mudança de regras de benefícios trabalhistas e previdenciários, retorno de cobranças de tributos que estavam zerados e fim dos repasses do Tesouro para crédito subsidiado a empresas, o ministro da Fazenda mencionou a palavra sacrifício.
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“O sacrifício pela instituição é que permite a sua perenidade.”
O ministro, que em alguns momentos chegou a ser hostilizado por funcionários da Caixa presentes na posse, disse que as medidas de austeridade em curso asseguram o direito da poupança.
“Tenho tremenda confiança no Brasil e sei que a gente vai continuar fazendo todas as ações necessárias para recuperar a força fiscal que dá estabilidade (…) e que permite que a poupança de cada um continue valendo.”
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Levy encerrou sua fala dizendo que a presidente Dilma tem mostrado “grande coragem” em avançar na política de ajuste fiscal.
(Por Luciana Otoni)