Ações de Ambev (ABEV3) e de bancos caem em meio a falas de Haddad sobre fim do JCP

Nesta segunda-feira, ministro da Fazenda afirmou que o governo estuda acabar com os juros sobre capital próprio no ano que vem

Equipe InfoMoney

O ministro da Fazenda Fernando Haddad em entrevista coletiva (Diogo Zacarias)
O ministro da Fazenda Fernando Haddad em entrevista coletiva (Diogo Zacarias)

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A sessão foi positiva para o Ibovespa, que subiu 0,94% e superou os 121 mil pontos, mas foi negativa para algumas ações da Bolsa brasileira.

Parte do movimento negativo de diversas ações de peso da Bolsa é atribuído a declarações de integrantes do governo sobre a reforma tributária, ainda que algumas das mudanças já sejam esperadas para a segunda fase da reforma.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta segunda-feira (24), que o governo estuda acabar com os juros sobre capital próprio (JCP) no ano que vem.

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“É uma das medidas que está sendo elaborada pela Fazenda”, disse ele. A medida se insere no objetivo do governo de tentar elevar a arrecadação para zerar o déficit das contas públicas em 2024, conforme previsto no novo arcabouço fiscal.

Não é a primeira vez que o ministro fala sobre o assunto. Desde abril, o ministro já havia tratado sobre o tema. “Há empresas que não têm mais lucro e, portanto, não pagam imposto de renda. O que elas fizeram? Transformaram o lucro artificialmente em Juro sobre Capital Próprio“, disse na ocasião.

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Com isso, as ações da Ambev (ABEV3), grande pagadora de JCPs, fecharam em queda de 1,18%, a R$ 15,12, intensificando as perdas durante a tarde. Hypera (HYPE3) teve queda de 0,99%, a R$ 44,20

As ações de bancos também tiveram desvalorização, caso de Bradesco (BBDC4, -2,70%), Banco do Brasil (BBAS3, -1,96%) e Itaú (ITUB4, -1,59%), enquanto Santander Brasil (SANB11, -0,77%) teve perdas mais brandas.

Cabe ressaltar ainda que, para o setor, além do noticiário sobre JCP, estão as expectativas para a temporada de balanços, que inaugura com os números do Santander na quarta-feira.

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Do lado negativo, espera-se que Bradesco e Santander Brasil apresentem mais um conjunto de resultados fracos devido a pressões persistentes sobre a margem financeira, despesas operacionais e provisões de crédito, enquanto analistas projetam novamente números mais positivos para Banco do Brasil e Itaú.