Ações da Taurus fecham em alta de quase 15% após Bolsonaro flexibilizar decretos sobre uso de armas

Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, a medida tem entre seus objetivos desburocratizar procedimentos, aumentar a clareza sobre regras, entre outros

Equipe InfoMoney

(Crédito: Shutterstock)
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SÃO PAULO – As ações da Taurus Armas (TASA3, R$ 21,25, +13,64%; TASA4, R$ 21,76, +14,83%) tiveram uma sessão movimentada na volta do Carnaval, que manteve a B3 fechada na segunda e na terça-feira. Os papéis TASA3 fecharam em alta de mais de 13%, enquanto os preferenciais (TASA4) subiram quase 15%. O volume negociado dos ativos PN foi de R$ 212,23 milhões na sessão desta quarta-feira (17), ante média dos últimos 21 pregões de R$ 52,8 milhões.

Os papéis saltaram na esteira da notícia da noite da última sexta-feira (12) da Secretaria-Geral da Presidência da República,  que informou que o governo do presidente Jair Bolsonaro decidiu flexibilizar mais uma vez decretos que regulamentam o uso de armas no Brasil.

Segundo a pasta, a medida tem entre seus objetivos desburocratizar procedimentos, aumentar a clareza sobre regras referentes à posse e ao porte de armas de fogo e também contempla mudanças na atividade dos colecionadores, atiradores e caçadores, os chamados CACs.

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Em um dos decretos alterados, será concedida a permissão para que pessoas autorizadas por lei “possam adquirir até seis armas de uso permitido, podendo as carreiras que dependem da posse e do porte de armas para o exercício de suas funções, como Forças Armadas, Polícias e membros da Magistratura e do Ministério Público, adquirirem mais duas armas de uso restrito”.

Em outro decreto houve, por exemplo, um aumento na quantidade anual de insumo para recarga de cartucho para quem faz tiro esportivo — 2000 para armas de uso restrito e 5000 para armas de uso permitido registradas em seu nome.

“A justificativa para este aumento é que os calibres restritos ainda são muito utilizados pelos atiradores e caçadores, nas competições com armas longas raiadas, assim como nas atividades de caça”, disse o texto, divulgado na sexta-feira à noite.

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“Um competidor facilmente realiza 500 tiros por mês, somente em treinamentos, de modo que as 1.000 unidades de munição e insumos para recarga atualmente previstas não são suficientes nem para participar do Campeonato Brasileiro, que são 10 etapas ao longo do ano”, completou.

O comunicado destacou que o pacote de alterações dos decretos de armas tem por finalidade “materializar o direito que as pessoas autorizadas pela lei têm à aquisição e ao porte de armas de fogo e ao exercício da atividade de colecionador, atirador e caçador, nos espaços e limites permitidos pela lei”.

O deputado Marcelo Freixo (PSol-RJ) afirmou no sábado que vai apresentar projetos para anular os quatro decretos de Bolsonaro que “ampliam acesso a civis a armas e munições e afrouxam a fiscalização”. Disse também estar incluindo essas medidas em uma ação que já corre no Supremo Tribunal Federal que contesta questões relativas a armas. “O presidente não pode legislar sobre armas via decreto”, disse Freixo, no Twitter. Já o O PSB pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta a suspensão dos decretos.

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Em janeiro, Bolsonaro já havia dito que editaria novos decretos sobre armas e esperava “aumentar mais” a venda de armamentos no Brasil.

Ainda no radar da Taurus, ela anunciou ao mercado a expansão de sua linha de revólveres com o lançamento nos Estados Unidos do Raging Hunter 460. O novo modelo, em calibre 460 S&W Magnum, será produzido na fábrica da Taurus no Brasil. Contudo, ainda aguarda a homologação do órgão certificador de produtos controlados para poder ser comercializado aos consumidores em território nacional.

(Com Reuters)

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