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As ações da Tupy (TUPY3), multinacional brasileira do ramo da metalurgia, tiveram alta nesta quarta-feira (22), após a companhia anunciar ter fechado novos contratos com fabricantes de caminhões pesados (Classe 8) na América do Norte e montadoras de picapes na América do Sul para fornecimento de blocos e cabeçotes de motores de nova geração, bem como para atender a pré-montagem de motores. Com isso, os papéis fecharam em alta de 4,14%, a R$ 24,65, após chegarem a subir 7,52% na máxima intradiária.
Os novos contratos alavancarão os portfólios de produtos e serviços da Tupy e da MWM Brasil. A produção dos novos contratos deve começar gradualmente em 2024 em suas plantas no México e no Brasil, para as quais a empresa precisará investir R$ 340 milhões para expandir a capacidade e preparar as operações. A administração da Tupy estima que esses novos contratos devem adicionar R$ 650 milhões por ano (contra uma receita consolidada total de R$ 15 bilhões esperada para 2024), uma vez totalmente implementados ao longo dos 8 anos.
Conforme avalia o Bradesco BBI, a Tupy vem capturando com sucesso as sinergias esperadas da aquisição da MWM Brasil.
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Este acordo permite que a Tupy aproveite a demanda das montadoras para terceirizar a montagem do motor e, assim, alavancar a experiência da MWM na base de clientes da Tupy. “Também esperamos que esses novos contratos de fabricação, que combinam usinagem e montagem de motores, levem a maiores margens de lucro, uma vez que a operação verticalizada se expandirá para produtos de maior valor agregado”, afirmam.
Além disso, vê a presença geográfica da Tupy, que possui fábricas no México e no Brasil, como um elemento estratégico que permite à empresa se beneficiar da crescente tendência de nearshoring na indústria automotiva global, o que pode ajudá-la a conquistar novos contratos no futuro próximo. “Assim, mantemos a recomendação de compra para TUPY3 e o preço-alvo de R$ 40,00 para o final de 2023”, afirma.
O Itaú BBA afirma que, apesar do upside aparentemente modesto de cerca de 6% em relação ao seu preço-alvo (de R$ 31), recebe com tom positivo a notícia, pois pode representar uma nova via de crescimento para a empresa se este for o primeiro de muitos contratos. A recomendação da casa para os ativos é marketperform (desempenho em linha com a média do mercado, equivalente à neutra).
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O Santander, que possui recomendação outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 38, vê essa notícia como positiva, pois as parcerias na América do Norte podem gerar sinergias relevantes com o portfólio da MWM e com as operações da Tupy no México. Isso permitirá à Tupy atender as necessidades dos clientes da América do Norte de uma base mais próxima, o mesmo valendo para os novos contratos de picapes na América do Sul para o mercado local.