Petrobras fecha em alta com petróleo e frigoríficos avançam; ações de Lojas Americanas sobem até 6%, enquanto AMER3 recua

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (20)

Lara Rizério

(Getty Images)
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SÃO PAULO – A sessão começou com leves perdas para o Ibovespa, mas o índice ganhou forças durante a tarde. A Petrobras (PETR3, R$ 27,29, +1,64%; PETR4, R$ 26,59, +1,33%) e a PetroRio (PRIO3, R$ 18,80, +3,30%) seguiram esse mesmo movimento e fechou em alta.

Após a forte queda do petróleo na véspera, de cerca de 7%, a sessão começou com leves perdas para a commodity, com o acordo para o aumento da produção pela Opep+ e preocupações sobre a demanda com a variante delta do coronavírus. Porém, durante a tarde, o petróleo passou a registrar ganhos.

A petroleira Enauta (ENAT3, R$ 15,39, +5,56%), por sua vez, viu suas ações subirem mais de 5%. A companhia informou que um dos dois poços produtores do Campo de Atlanta que apresentaram falha no sistema de bombeio no início deste mês retomou operações, o que faz com que o ativo volte a contar com dois poços.

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Os papéis da Vale (VALE3, R$ 113,10, +0,84%) também viraram e tiveram alta, assim como aconteceu com as siderúrgicas, repercutindo o relatório de produção da mineradora do segundo trimestre de 2021 e a alta das commodities na China.

Os contratos futuros de matérias-primas siderúrgicas negociados na bolsa de commodities de Dalian avançaram nesta terça-feira, com o carvão coque saltando mais de 3% em meio a uma escassez de oferta. “As taxas de utilização de capacidade das empresas de coque estão subindo, mas não se recuperaram para o nível anterior aos controles de produção, e estão mais baixas do que em igual período de anos anteriores”, disseram analistas da SinoSteel Futures em nota.

A referência do minério de ferro na bolsa de Dalian fechou em alta de 0,3%, a 1.233 iuanes por tonelada. “Apesar do atual aperto na oferta de minério de ferro, principalmente na Austrália, calculamos que os preços estão fundamentalmente sobrevalorizados em comparação com o produtor de custo marginal mais elevado”, disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities em Cingapura.

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Ainda em destaque, após a forte baixa da véspera, Americanas s.a. (AMER3, R$ 61,33, -0,95%) tiveram queda após chegarem a subir mais de 1% nas primeiras negociações, enquanto os ativos da holding Lojas Americanas ([ativo=LAME3], R$ 8,25, +6,18%; [ativo=LAME4], R$ 8,33, +5,44%) registraram ganhos de mais de 5% (veja mais sobre o desempenho dos papéis ontem clicando aqui).

A diferença de desempenho acontece em meio às expectativas para fechamento de desconto de holding (LAME3 e LAME4) em relação à controlada (AMER3). Na véspera, os ativos LAME3 e LAME4 fecharam com desconto de 30% em relação à controlada e, segundo a XP, o desconto justo seria de cerca de 20%.

A ação da Rumo (RAIL3, R$ 21,35, +2,30%) avançou cerca de 2%. O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, anunciou na segunda-feira um edital público para construção de ferrovia estadual que vai ligar os municípios de Rondonópolis à capital Cuiabá e às cidades de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, no norte do Estado por meio de dois ramais.

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A Rumo, responsável pela concessão da ferrovia federal que liga Rondonópolis até o Porto de Santos (SP), já manifestou interesse no projeto, que envolve um trajeto de cerca de 730 quilômetros. Segundo o governo matogrossense, o projeto tem previsão de ser concluído em sete anos e deve envolver investimentos da ordem de R$ 12 bilhões.

As ações de frigoríficos registraram uma sessão de ganhos, caso de JBS (JBSS3, R$ 30,61, +6,69%), Marfrig (MRFG3, R$ 19,67, +4,24%), Minerva (BEEF3, R$ 9,51, +1,60%) e BRF (BRFS3, R$ 26,21, +1,71%). Segundo a Reuters, uma autoridade do Ministério da Agricultura da China afirmou que os esforços do país para controlar a peste suína africana em seu rebanho de porcos seguem complicados, com 11 surtos tendo sido oficialmente reportados neste ano e com novas variantes do vírus também presentes.

Pequim tem reconstruído seu rebanho de porcos desde que o vírus, inicialmente detectado na China em 2018, dizimou a produção de animais e de carne suína no principal mercado global.

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Fontes do setor afirmaram que novos surtos foram detectados no norte e nordeste da China neste ano. A Reuters também noticiou que surtos foram verificados na província de Sichuan, no sudoeste do país. “A situação de controle e prevenção ainda é complicada, e a tarefa segue difícil”, disse Xin Guochang, autoridade do departamento de pecuária do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.

Confira mais destaques abaixo:

Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 20,19, -0,44%)

O Carrefour Brasil anunciou que terá novo presidente. Stéphane Maquaire assume a presidência da operação, sucedendo Noël Prioux, que deixa o cargo após mais de 4 anos.

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A mudança ocorre em 1 de setembro. Nos próximos meses, Noël e Stéphane estarão juntos no processo de transição, com Noel como diretor executivo da América Latina até o final deste ano.

A companhia informa que Maquaire está no Grupo Carrefour desde 2019 como Chief Executive Officer (CEO) do Carrefour Argentina, onde liderou com sucesso o plano de transformação da empresa no país, com foco no cliente no centro e na estratégia digital, levando a melhorias significativas no desempenho financeiro da companhia.

“No período, elevou substancialmente o índice de satisfação dos clientes e o Carrefour Argentina consolidou sua posição de liderança no país, com significativo ganho de participação de mercado nos anos de 2019, 2020 e 2021. Stéphane também desempenhou papel-chave na a aceleração do e-commerce na Argentina”, destacou a companhia, que ressaltou que o  executivo tem ampla experiência no varejo, tendo atuado como CEO em companhias como Monoprix, Vivarte e Manor.

O executivo chega ao Brasil em um importante período para a operação, com o fim da conversão das lojas Makro e o início do planejamento de integração do Grupo Big (transação sujeita à aprovação do CADE). “Stéphane dará seguimento à agenda estratégica do Grupo Carrefour Brasil, que inclui expansão, aceleração digital e de serviços financeiros, transformação do negócio como resultado das tendências de mercado e a intensificação da agenda ESG da companhia, incluindo o compromisso com a diversidade”, aponta a empresa.

A XP vê a notícia como neutra, avaliando que ambos os executivos têm ampla experiência no setor e um ótimo histórico de entrega de resultados para a companhia.

Vale (VALE3, R$ 113,10, +0,84%)

A produção de minério de ferro da Vale atingiu 75,685 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2021, alta de 12% em relação a igual período do ano passado. Em relatório divulgado ao mercado, a Vale informou que a produção registrou alta de 11,3% na comparação ao trimestre imediatamente anterior.

O desempenho anual é atribuído ao maiores volumes na mina Brucutu, em Minas Gerais, com o aumento da produção por processamento a seco; melhoria sazonal das condições climáticas em Serra Norte, no Pará, e um forte desempenho em Serra Leste, no Sudoeste do Pará; maior produtividade no Complexo de Itabira, em Minas Gerais, com a reavaliação das soluções temporárias de gerenciamento de rejeitos.

A Vale também destacou a produção por processamento úmido em Fábrica durante os testes para retomar as operações da planta de beneficiamento.

Os pontos positivos foram parcialmente compensados por interferências causadas pela instalação e comissionamento do primeiro de quatro britadores de jaspilito no S11D.

A XP destaca que a produção está em linha com as estimativas dos analistas e 3% abaixo do consenso da Bloomberg. “Acreditamos que a Vale é capaz de entregar seu guidance de 315-335 milhões de toneladas em 2021, uma vez que atingiu uma capacidade de produção de 330 milhões de toneladas anuais no segundo trimestre (de 327 mtpa no primeiro trimestre de 2021)”, apontam os analistas.

Os analistas Yuri Pereira e Thales Carmo mantêm recomendação de compra, com preço-alvo de R$122 por ação, com base em fortes dividendos (mínimo de 6% de rendimento esperado para 2021) e um valuation atrativo.

O Morgan Stanley afirma que os dados apresentados pela Vale devem reduzir o Ebitda estimado pelo banco para a empresa, de US$ 12,2 bilhões, devido a menos exportações e um prêmio menor pago pelo carvão, de US$ 3 por tonelada, frente a suas estimativas de US$ 7,9 por tonelada, devido a uma queda no conteúdo médio de ferro no segundo trimestre, a 62,4%, frente ao trimestre anterior, de 63,4%, e à estimativa do banco, de 63,5%. O banco mantém avaliação overweight, e preço-alvo de US$ 27, frente à cotação de US$ 21,35 da véspera dos papéis VALE negociados na segunda na Bolsa de Nova York.

O BBA apontou que se mantém confortável quanto às suas estimativas para o Ebitda no segundo trimestre, em US$ 11,7 bilhões. O Itaú mantém avaliação outperform para o ADR da Vale, com preço-alvo para 2021 em US$ 26.

O Bradesco BBI avaliou os dados da Vale como sólidos e levemente acima de suas estimativas. O banco avalia que a empresa se encaminha para atingir sua guidance de produção, apesar de alguns atrasos. Se a empresa mantiver a taxa diária de produção em 1 milhão de toneladas por dia, a produção total pode chegar a 328 milhões de toneladas em 2021. Assim, se diz confortável com suas estimativas para produção em 2021, de 320 milhões de toneladas, e de 315 milhões em remessas para 2021. O banco também avalia que os prêmios pagos por minério de ferro ficaram abaixo do esperado. A recomendação para o ADR segue outperform, com preço-alvo em US$ 25.

A mineradora também informou que descontinuou suas estimativas para a produção média de níquel no período de 2021 a 2023 e para a produção de cobre em 2021, conforme fato relevante divulgado ao mercado.

A companhia disse que os “guidances” estão em revisão devido às incertezas relativas ao prazo para a retomada da produção nas operações de Sudbury, no Canadá, e à implementação de processos de segurança e manutenção nos ativos de Sossego e Salobo. A manifestação ocorreu pouco depois de a Vale publicar seu relatório de produção do segundo trimestre de 2021, no qual já indicava que as previsões de produção de cobre e níquel estariam sob revisão.

No trimestre entre abril e junho, a mineradora produziu 41,5 mil toneladas de níquel, queda de 15,3% na comparação anual, e 73,5 mil toneladas de cobre, recuo de 13% no ano a ano. Ambos foram impactados por fatores como uma paralisação de funcionários em Sudbury.

Ainda no radar da companhia, na segunda, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) afirmou à agência internacional de notícias Reuters que acredita que um acordo definitivo será fechado neste ano entre as mineradoras Samarco, Vale, BHP e autoridades para reparar danos causados pelo rompimento de barragem em Mariana (MG) em 2015, em um valor de até R$ 100 bilhões a serem desembolsados em cinco anos. O montante total é cerca de quatro vezes maior que um acordo inicial pelo desastre fechado em 2016, que permitiu o início dos trabalhos de reparação e a suspensão temporária de ações na Justiça.

O Morgan Stanley avaliou que a entrevista de Zema à Reuters é um esforço, por parte das autoridades, para fortalecer sua posição sobre potenciais negociações com as empresas. O banco diz que o mecanismo para compensar pelos danos de Fundão, como a fundação Renova, se mostraram ineficientes, e frustraram todas as partes envolvidas.

O banco diz que um acordo definitivo poderia encerrar esta situação, mas a um custo maior para a Samarco e seus parceiros. O Morgan avalia, no entanto, que é improvável que as empresas concordem com os R$ 100 bilhões aventados por Zema ou com os R$ 155 bilhões mencionados pelo principal promotor do caso.

Braskem (BRKM5, R$ 60,11, +1,23%)

O Valor informa que a Braskem poderá ser vendida a diferentes compradores, desmembrada em blocos de ativos por região, se esse modelo resultar em retorno mais elevado aos vendedores. Segundo fontes próximas ao processo aberto pela Novonor (antiga Odebrecht) ouvidas pelo jornal, embora a controladora ainda prefira vender a totalidade da fatia de 38,3% que detém na petroquímica em uma única transação, houve mais interesse em operações específicas do que no conjunto de ativos da companhia, o que abre novas alternativas para o desinvestimento. Procurada, a Novonor não comentou o assunto.

A etapa de recebimento de propostas não vinculantes foi concluída e o processo, liderado pelo Morgan Stanley, entra agora na fase de seleção das ofertas que seguirão no páreo.

Enauta (ENAT3, R$ 15,39, +5,56%)

A petroleira Enauta informou que um dos dois poços produtores do Campo de Atlanta que apresentaram falha no sistema de bombeio no início deste mês retomou operações, o que faz com que o ativo volte a contar com dois poços.

Segundo a companhia, a produção retornou “rapidamente” a um patamar equivalente ao observado antes da interrupção, da ordem de 17 mil a 18 mil barris por dia.

“O Sistema de Produção Antecipada do Campo de Atlanta conta com três poços produtores, desenhados para operar com bombas dentro dos poços ou com bombas localizadas no leito marinho”, detalhou a Enauta em comunicado.

“Com a falha da bomba de dentro do poço, a bomba do leito marinho de um dos poços foi acionada em 18 de julho de 2021.”

A empresa disse que a bomba do leito marinho do outro poço que havia sido paralisado também já foi habilitada e, com isso, os três poços estão em condições operacionais. O retorno da produção com três poços está previsto para agosto de 2021, quando o reparo nos aquecedores de óleo da plataforma deve ser concluído, acrescentou a Enauta, que é operadora de Atlanta com 100% de participação.

Gafisa (GFSA3, R$ 4,18, -0,95%)

A Gafisa comunicou que, em linha com a sua estratégia de investimentos e de crescimento, foi aprovado novo aumento de capital privado, no valor de até R$ 300,5 milhões. O preço de emissão de R$ 4,59, foi estipulado com base na cotação em bolsa das ações da empresa nos últimos trinta pregões.

O valor mínimo deste aumento – R$ 44,7 milhões – será utilizado para que debenturistas da 15ª emissão de debêntures da Gafisa possam utilizar seus créditos e subscrever ações da companhia, mantendo assim o caixa da Gafisa reforçado para futuras aquisições.

“Os demais valores – caso captados – serão utilizados principalmente para capitalizar projetos da Gafisa Propriedades – novo braço de propriedades da Gafisa – assim como permitir a aquisição de novos empreendimentos (sejam de empresas ou de terrenos), custear novos projetos a taxas menores, dentro do contexto maior de buscar fazer a Gafisa a empresa de maior relevância em seu segmento no curto-médio prazo”, destaca a empresa.

Assaí (ASAI3, R$ 86,60, -0,86%)

O Assaí informou na segunda-feira acordo de R$ 364 milhões de reais com fundo imobiliário administrado pela BRL Trust e gerido pela TRX envolvendo cinco imóveis do grupo varejista.

Segundo fato relevante, o acordo envolve venda e locação de imóveis da empresa localizados em São Paulo, Rio de Janeiro e Rondônia, sendo um imóvel já construído e quatro terrenos, sobre os quais serão realizadas obras de construção e desenvolvimento imobiliário. “Os imóveis serão todos da bandeira Assaí”, afirmou a companhia.

A XP vê a transação como positiva pois destrava valor para companhia enquanto permite um modelo de negócio mais asset light (menos necessidade de investimento fixo) dado que a companhia apenas aluga o imóvel. Os analistas reiteram recomendação de compra e preço alvo de R$ 120,0 por ação.

Rumo (RAIL3, R$ 21,35, +2,30%)

Ainda em destaque, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, anunciou na segunda-feira um edital público para construção de ferrovia estadual que vai ligar os municípios de Rondonópolis à capital Cuiabá e às cidades de Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, no norte do Estado por meio de dois ramais.

A Rumo, responsável pela concessão da ferrovia federal que liga Rondonópolis até o Porto de Santos (SP), já manifestou interesse no projeto, que envolve um trajeto de cerca de 730 quilômetros. Segundo o governo matogrossense, o projeto tem previsão de ser concluído em sete anos e deve envolver investimentos da ordem de R$ 12 bilhões.

Na avaliação do Itaú BBA, é positivo que o projeto esteja caminhando. Mas o banco diz que o trecho de Cuiabá ainda não foi incluído em seu modelo, e requer maior análise. O banco estima um investimento de R$ 6,5 bilhões pelo trecho, o que adicionaria R$ 1,8 por ação RAIL3 em seu preço-alvo. O projeto integral incorporaria R$ 6 por ação RAIL3.

O banco mantém recomendação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado) para a Rumo, e preço-alvo para 2021 em R$ 27 por ação.

O Bradesco BBI afirma que o anúncio do governo do Mato Grosso sobre Lucas do Rio Verde é positivo para a Rumo, porque deve reduzir o interesse sobre a Ferrogrão, entre Mato Grosso e Pará; a legislação matogrossense estabelece que o estado pode autorizar a construção de uma nova ferrovia sem passar por um leilão –neste caso, o estado deveria verificar se outros investidores estariam interessados no projeto. O banco acredita que a Rumo tem condições de apresentar o melhor projeto. O Bradesco estima que o projeto de R$ 12 bilhões poderia adicionar R$ 3 por ação RAIL3. O Bradesco mantém avaliação outperform e preço-alvo de R$ 30.

Oi (OIBR3, R$ 1,36, -7,48%; OIBR4, R$ 2,08, -2,35%)

A Oi anunciou seu plano estratégico de 3 anos. O Credit Suisse ressalta que a diretriz para receitas e Ebitda da Oi em 2024 estão 32% e 8% acima, respectivamente, da principal referência do mercado e bem acima de suas estimativas. O banco mantém avaliação neutra, e reduziu o preço-alvo para a ação ON da Oi de R$ 1,8 para R$ 1,6, frente à cotação de segunda de R$ 1,47, incorporando perspectiva de maior queima de caixa, que estima em R$ 6 bilhões, por conta de Ebitda de curto prazo mais fraco, abaixo de sua estimativa de 25% para o primeiro trimestre. O banco elevou sua estimativa para a dívida líquida em 2021 de R$ 3,8 bilhões para R$ 7,3 bilhões.

IRB (IRBR3, R$ 5,53, +0,55%)

O IRB-Brasil Resseguros informou ao mercado as possíveis consequências nos resultados da companhia em virtude da publicação da véspera da Circular SUSEP n° 634, a qual regulamenta resolução que  define os parâmetros de cálculo sobre as provisões técnicas, ativos redutores da necessidade de cobertura das provisões técnicas, capital de risco baseado nos riscos de subscrição, de crédito, operacional e de mercado, patrimônio líquido ajustado, capital mínimo requerido, entre outros.

Entre as mudanças mais significativas da referida circular que podem trazer consequências para os negócios e para os resultados do IRB Brasil, a empresa destacou:

1) Revogação da necessidade da margem de liquidez (20% do Capital de Risco), sendo que as empresas poderão definir internamente mecanismo de gestão e mensuração de risco de liquidez e documentá-lo em política. A referida medida entra em vigor a partir de 1° de dezembro de 2021.

Especificamente com relação ao IRB Brasil RE, ao se utilizar como base as Demonstrações Financeiras encerradas em 31 de março de 2021, o requerimento regulatório seria reduzido em no máximo de R$ 345 milhões (margem adicional de 20,0% sobre capital de risco), e, em consequência, a melhora da suficiência de liquidez regulatória ocorrerá a partir de dezembro de 2021. Neste aspecto específico não haverá efeitos diretos no resultado econômico da companhia, afirmou o IRB.

2) Possibilidade de redução da necessidade de cobertura das provisões técnicas dos recursos dados em garantia das operações internacionais.

A empresa poderá constituir um Reinsurance Trust Account (conta garantia) ou outras modalidades de depósitos no exterior, na forma exigida pela regulação vigente no país de origem, para suportar as garantias de operações internacionais perante os seus parceiros cedentes, limitada a dedução ao volume das respectivas provisões técnicas (PSL, PPNG e IBNR) relacionadas aos referidos contratos estrangeiros.

“Este poderá ser um redutor da necessidade de cobertura de provisões técnicas, devendo o valor máximo da redução se limitar ao valor do passivo a ser coberto com ativos admitidos pelo regulador”, destacou.

Com relação à companhia e considerando as Demonstrações Financeiras encerradas em 31 de março de 2021, pode-se observar um montante em conta corrente remunerada em dólar junto a instituições financeiras internacionais de R$ 752
milhões, afirmou.

G2D (G2DI33, R$ 7,19, +1,27%)

A G2D anunciou em fato relevante que a Blu Pagamentos foi reavaliada após uma rodada de investimentos Série B de R$ 300 milhões liderada pela Warburg Pincus, refletindo um ganho de mais de 4 vezes o capital comprometido desde 2018 para a G2D.

A nova avaliação aumenta a participação da G2D na Blu de R$ 163 milhões para R$ 211 milhões, dos quais a empresa permanecerá com uma participação de R$ 157 milhões e receberá R$ 54 milhões em caixa.

“Temos uma visão positiva para a transação uma vez que o Valor Líquido dos Ativos (NAV) justo da G2D aumenta de R$ 915 milhões para R$ 963 milhões. Portanto, reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$9,0/ação dado o desconto implícito de 25% para o NAV justo combinado a um portfólio de alto potencial de crescimento da empresa”, destaca a XP.

Randon (RAPT4, R$ 14,48, +1,19%)

A Randon registrou receita líquida consolidada de R$ 729 milhões em junho, alta de 76,8% em relação ao mesmo mês de 2020, de acordo com dados divulgados pela companhia nesta terça-feira.

No primeiro semestre do ano, acumula elevação de 91,7%, a R$ 4 bilhões.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.