Ações de varejistas de e-commerce caem forte seguindo exterior; Smiles salta quase 9% e CCR sobe 2%

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (24)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As ações do Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 21,73, +12,77%) foram destaque de alta na sessão desta quarta-feira (24), com ganhos de mais de 12%. A varejista informou durante a madrugada que chegou a um acordo para adquirir o Grupo BIG (ex-Walmart Brasil) por R$ 7,5 bilhões. A operação será estruturada em duas etapas: o pagamento, em dinheiro, de R$ 5,25 bilhões aos atuais controladores da empresa, o fundo de private equity Advent International e Walmart, e a incorporação dos 30% remanescentes do capital social pela subsidiária do grupo francês.

Os papéis da CCR (CCRO3, R$ 12,30, +2,07%) também se destacaram, com ganhos de cerca de 4%, após a companhia assinar aditivos a contratos que lhe garantiram mais de R$ 1 bilhão com o governo paulista devido a atrasos em obras de infraestrutura logística em São Paulo a serem operadas pela companhia.

As ações de companhias de commodities também registraram alta: a Suzano (SUZB3, R$ 73,66, +2,63%) subiram após a elevação de preços de celulose em várias regiões. A empresa também realizou encontro virtual com analistas e investidores, destacando ver o  mercado com mais demanda que oferta, mas apontando que ainda enfrenta dificuldades em encontrar contêineres para o transporte da matéria-prima.

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Enquanto isso, Petrobras (PETR3, R$ 22,53, -0,09%; PETR4, R$ 22,82, +0,09%) e PetroRio (PRIO3, R$ 88,01, +1,13%) ficaram entre perdas e ganhos em uma sessão de alta do petróleo. Os preços da commodity fecharam com ganhos depois que um navio encalhou no Canal de Suez, o que gerou preocupações sobre a oferta. O contrato do brent com vencimento em maio fechou em alta de 5,95%, a US$ 64,41 o barril, enquanto o WTI com o vencimento no mesmo mês avançou 5,92%, a US$ 61,18, na Nymex.

Contudo, temores de uma lenta recuperação na demanda devido a “lockdowns” na Europa chegaram a limitar os ganhos. Oito navios rebocadores tentavam nesta quarta-feira desencalhar um longo navio de contêineres de 400 metros que bloqueava a passagem no Canal de Suez, uma das mais importantes vias marítimas do mundo.

“O suporte aos preços vem como cortesia do bloqueio ao transporte”, disse Stephen Brennock, da corretora PVM. “Mesmo assim, o sentimento do mercado provavelmente ainda vai sofrer pra sair dessa sua nova tendência baixista”.

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Em entrevista à Reuters, Joaquim Silva e Luna, indicado por Jair Bolsonaro para a presidência-executiva da Petrobras, disse que não cederá a eventuais pressões políticas, incluindo aquelas relacionadas a cargos na empresa, e avalia que parte da diretoria atual poderá continuar, pelo menos em um primeiro momento de sua gestão.

Luna afirmou ainda esperar que o governo encontre uma solução para evitar volatilidades de preços de combustíveis, mas sem que a Petrobras pague a conta. O descontentamento de Bolsonaro com reajustes efetuados pela empresa, em momento de alta no petróleo, está por trás da queda do presidente atual da companhia, Roberto Castello Branco.

Ainda no radar, a Petrobras informou que reduzirá os preços tanto do óleo diesel quanto da gasolina em suas refinarias em cerca de 4%, ou R$ 0,11 por litro em cada combustível, a partir de quinta-feira, acompanhando parcialmente uma tendência de queda nos preços do petróleo vista nos últimos dias, com a companhia defendendo que os valores praticados estão associados ao mercado internacional da commodity e ao câmbio.

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Na mesma linha de alta de empresas de commodities, Vale (VALE3) avança cerca de 3%, também acompanhando a alta do minério na China.

Fora do índice, a ação da Smiles (SMLS3, R$ 24,85, +8,80%) saltou com a elevação dos termos da oferta de incorporação da companhia pela Gol (GOLL4, R$ 20,80, +2,46%), em dia de assembleia sobre o tema.

As ações da Gol também subiram forte, enquanto a Azul (AZUL4, R$ 36,53, -0,60%) virou para queda, após caírem cerca de 8% nas últimas duas sessões em meio aos temores sobre o ritmo de vacinação na Europa. Nesta sessão, os ativos também seguem o movimento do setor aéreo no exterior, em que os papéis de companhias como Delta e United Airlines avançam, ainda que em meio a um cenário bastante desafiador.

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Quem também acompanhou o exterior foram as empresas mais expostas ao segmento de tecnologia, como Magazine Luiza (MGLU3, R$ 20,37, -5,30%), Via Varejo (VVAR3, R$ 11,44, -5,53%) e B2W (BTOW3, R$ 60,43, -3,40%), em meio à continuidade da rotação do mercado no exterior para ações de valor, saindo de ações de crescimento. O Nasdaq registrou baixa de mais de 1%.

Confira mais destaques:

CCR (CCRO3, R$ 12,30, +2,07%)

A CCR informou nesta terça-feira que assinou aditivos a contratos que lhe garantiram mais de R$ 1 bilhão com o governo paulista devido a atrasos em obras de infraestrutura logística em São Paulo a serem operadas pela companhia.

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A principal delas confere à Via Quatro, uma unidade da CCR, R$ 705,38 milhões de reais devido a atrasos na conclusão das obras da concessão de linhas intermunicipais geridas pela EMTU.

O reequilíbrio será implementado por meio de revisão na tarifa de remuneração da Via Quatro entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2037.

Outro aditivo definiu um novo valor a ser pago a título de compensação de atraso no valor de R$ 353,3 milhões  para a estação de metrô do Morumbi, e o valor mensal de R$ 1,1 milhão para a Estação Vila Sônia, por cada mês de atraso de cada estação.

O governo vai pagar em até 20 dias R$ 91,6 milhões relativos a valores já devidos por atraso nas duas estações.

O Bradesco BBI diz que o acordo fica abaixo de sua estimativa preliminar, de R$ 1,5 bilhão. Mas diz esperar uma reação positiva do mercado. O valor abaixo do esperado pode ser explicado, segundo o banco, devido à redução das obrigações da ViaQuatro e a negociação bilateral para reduzir o retorno dos reequilíbrios pendentes.

O banco mantém avaliação de outperform (expectativa de valorização acima da média do mercado) para a CCR, com preço-alvo de R$ 18 em 2021, frente aos R$ 12,05 negociados na terça.

Vale (VALE3, R$ 93,15, +2,30%) e mineradoras

Os futuros do minério de ferro na China avançaram pela segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira, se recuperando do que analistas viram como um recuo exagerado em reação a medidas anti-poluição que restringirão a produção no pólo siderúrgico de Tangshan.

O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de Dalian DCIOcv1, para maio, subiu 2,8%, para 1.053 iuanes por tonelada (US$ 161,43). Na bolsa de Cingapura, por outro lado, o primeiro contrato para abril recuava 0,7%, para US$ 154,05 a tonelada, após ganho de 2,6% na sessão anterior.

O minério de ferro na bolsa de Dalian recuou para o menor nível em seis semanas na segunda-feira, com investidores preocupados com os cortes de produção na China e seu potencial impacto sobre a demanda pela matéria-prima.

Um aviso que circulou recentemente na indústria de aço chinesa ameaçou cortes de produção em Tangshan, com a restrição possivelmente sendo estendida para outras cidades produtoras.

Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 21,73, +12,77%)

O Carrefour Brasil informou ao mercado nesta quarta que chegou a um acordo para adquirir o Grupo BIG (ex-Walmart Brasil) por R$ 7,5 bilhões. A operação será estruturada em duas etapas: o pagamento, em dinheiro, de R$ 5,25 bilhões aos atuais controladores da empresa, o fundo de private equity Advent International e Walmart, e a incorporação dos 30% remanescentes do capital social pela subsidiária do grupo francês.

A transação, que o Carrefour Brasil espera ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 2022, tem o potencial de gerar sinergias de R$ 1,7 bilhão ao Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia após três anos da conclusão da operação.

“A aquisição do Grupo BIG expandirá a presença do Carrefour Brasil em regiões onde tem penetração limitada, como o Nordeste e Sul do País, e que oferecem forte potencial de crescimento. A rede de lojas do Grupo BIG, portanto, apresenta forte complementaridade geográfica”, diz a companhia, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O Grupo BIG detém ativo imobiliário de 181 lojas (47% do total) e 38 propriedades adicionais, totalizando aproximadamente R$ 7 bilhões de valor imobiliário, de acordo com uma análise independente. O Carrefour Brasil planeja converter as unidades Maxxi em Atacadão e parte das lojas BIG e BIG Bompreço para Atacadão ou Sam’s Club. As demais lojas serão convertidas para a bandeira de hipermercado Carrefour.

De acordo com a XP Investimentos, a notícia é positiva, pois acelera de forma relevante a expansão do Grupo Carrefour, enquanto há muita sinergia a ser capturada, principalmente através da melhora das margens do Grupo BIG (hoje em 4% versus Carrefour entre 7% e 8%) e expansão do Banco Carrefour para os clientes BIG.

Gol (GOLL4, R$ 20,80, +2,46%) e Smiles (SMLS3, R$ 24,85, +8,80%)

A Gol Linhas Aéreas Inteligentes informou a elevação da oferta para os acionistas da Smiles em 17,1%, em relação à migração da base acionária da empresa para a Gol. Assim, a troca proposta implícita sobe de uma proporção de 0,825 ação da Gol para cada ação da Smiles para 0,966 por ação.

Vale destacar que o anúncio de elevação da oferta acontece às vésperas da assembleia que irá tratar da incorporação da Smiles pela Gol, que acontecerá em segunda convocação nesta quarta-feira (24), às 10h (horário de Brasília). A assembleia da Smiles que trataria do tema no último dia 15 acabou sendo adiada por falta de quórum, ante a insatisfação de parte dos acionistas da companhia de fidelidade com o andamento do processo por parte da aérea.

Segundo a Gol, a relação atual de troca significa uma oferta de R$ 26,14 por ação de Smiles, com base no preço das ações da Gol de 7 de dezembro, de R$ 27,05. Anteriormente ao anúncio, o preço não afetado da Smiles era de R$ 21,73.

Assim, a Gol afirma que, caso as assembleias gerais extraordinárias da Gol e da Smiles aprovem a proposta, para cada ação ordinária de emissão da Smiles, proprietários poderão receber uma parcela de R$ 8,28 e 0,660 ação preferencial de emissão da GOL.

Ou, alternativamente, uma parcela de R$ 21,68 e 0,165 ação preferencial de emissão da Gol. A escolha fica a critério dos acionistas titulares de ações da Smiles.

Segundo a Gol, a nova proposta ocorre após negociações com alguns dos maiores acionistas da Smiles, e representa um aumento do prêmio de 26,3% para 47,9%.

Na avaliação do Bradesco BBI, a nova oferta surpreendeu, uma vez que a Gol havia informado recentemente que a proposta de fechamento de capital não mudaria e, se os acionistas minoritários da Smiles rejeitassem a oferta, o próximo passo seria renegociar seu acordo operacional com Smiles.

Em relatório anterior, de fevereiro, o BBI havia destacado que a companhia aérea poderia melhorar a sua relação de troca para até 1,14 ação GOLL4, avaliando que ainda haveria espaço para a melhora da proposta para melhorar as condições  para convencer os acionistas minoritários da Smiles a aceitar a proposta de fechamento de capital. Os analistas mantêm recomendação neutra para ambas as ações, com preço-alvo de R$ 23 para a Gol e de R$ 25 para a Smiles.

As ações das aéreas seguem no radar, após caírem forte na véspera. Além de seguirem a baixa das ações do setor no exterior com o aumento de casos de coronavírus, o Morgan Stanley rebaixou ontem os ADRs da Azul (AZUL4) e da Gol de equal-weight (exposição em linha com a média do mercado) para underweight (exposição abaixo da média do mercado), citando o aumento dos custos de combustível, a desvalorização do real e preocupações com uma segunda onda de Covid-19 prejudicando a demanda no início do ano.

O analista Josh Milberg reduziu suas previsões de Ebitda para 2021 e 2022 para ambas as companhias devido ao preço mais alto do combustível de aviação, câmbio mais fraco e demanda de viagens aéreas morna no curto prazo. O preço-alvo da Azul foi reduzido de US$ 22,90 para US$ 15,20, enquanto o preço-alvo da Gol foi cortado de US$ 9,70 para US$ 5,90.

Suzano (SUZB3, R$ 73,66, +2,63%)

Citando a RISI, provedora global de dados do mercado de papel e celulose, o Credit Suisse destacou que a Suzano está elevando os preços da celulose branqueada de eucalipto (BEK, na sigla em inglês) em abril para US$ 780 a tonelada na China, US$ 1.010 a tonelada na Europa e para US$ 1.240 na América do Norte.

De acordo com o Credit, a notícia é positiva, citando ainda a elevação de outros preços pela companhia. Contudo, os analistas questionam a sustentabilidade dos preços atuais após o quarto trimestre de 2021.

O Bradesco BBI reforça que a Suzano é sua top pick (ação preferida) em seu setor na América Latina, com avaliação de outperform e preço-alvo de R$ 100, frente aos R$ 71,77 negociados na terça. O Bradesco também mantém avaliação de outperform para a Klabin, com preço-alvo de R$ 38, frente aos R$ 28,52 de fechamento na terça.

Ainda no radar da companhia, a agência de classificação de risco Fitch anunciou na última terça-feira que revisou a perspectiva do rating da Suzano de negativa para estável, citando a forte geração de fluxo de caixa operacional devido à recuperação nos preços da celulose. A nota da Fitch para a Suzano, atribuída a moedas local e estrangeira, foi mantida em “BBB-“.

Segundo a agência, a forte geração de caixa permitirá à Suzano reduzir a alavancagem durante 2021, com a relação dívida líquida/Ebitda caindo para em torno de duas vezes. A previsão da avaliadora de risco é de que a dívida líquida da companhia caia de US$ 12,4 bilhões para cerca de US$ 10 bilhões neste ano.

“A desalavancagem da Suzano deve permitir à empresa expandir sua posição de liderança de mercado com a realização do projeto Jubarte em Ribas do Rio Pardo”, afirmou a Fitch no relatório.

Sanepar (SAPR11, R$ 21,85, -0,41%)

A Sanepar informou ontem, via fato relevante, que sua agência reguladora (Agepar) agendou a audiência pública do processo da 2ª Revisão Tarifária Periódica da companhia para 31 de março. Adicionalmente a Agepar publicou as notas técnicas decorrentes da consolidação das contribuições ocorridas durante o período da consulta pública.

De acordo com as notas técnicas, os resultados preliminares para a próxima revisão apontam para uma tarifa no valor de R$ 5,6689/m³, o que representa um aumento de +5,7963% em relação à tarifa base considerada de R$ 5,3583/m.  O resultado preliminar anterior divulgado pela Agência em janeiro apontava para uma redução de -2,5882% sobre as tarifas.

“Por um lado, vamos como positivo: (i) a correção nos cálculos do WACC (custo de capital) que passou a ser de 11,4748% para o WACC bruto e 7,5734% para o WACC líquido comparado a 10,9351% / 7,2712% divulgados anteriormente e (ii) a adoção de uma proposta alternativa para definição dos custos operacionais eficientes mais alinhada com nossas estimativas de R$1,919 bilhão. Por outro lado, vemos como negativo os resultados preliminares do cálculo da RAB (Base de Ativos Regulatórios), que não levaram em consideração os investimentos realizados pela empresa entre 2017 e 2020. Segundo o regulador os itens que ainda precisam ser considerados ou reavaliados serão feitos posteriormente na segunda fase da 2ª revisão tarifária, a ser concluída em maio de 2022”, avalia a XP.

Os analistas avaliam que o mercado deverá reagir positivamente aos novos cálculos da 2ª revisão tarifária da Sanepar, tendo em vista a melhora no índice de reajuste de -2,5882% para +5,7963%. Por outro lado, recomendam cautela a investidores com relação às ações tendo em vista a maior percepção de risco para o ambiente regulatório da companhia desde os anúncios dos termos preliminares para o recálculo das tarifas em janeiro.

O motivo é que ainda há muitas incertezas para os resultados finais da 2ª revisão tarifária da companhia, principalmente no que diz respeito ao cálculo da Base de Ativos Regulatória, parâmetro essencial para se avaliar uma companhia de saneamento com tarifas calculadas sob um modelo de retorno sobre base de ativos.

“Ainda considerarmos o arcabouço regulatório muito precário para justificar uma tese de investimento de longo prazo nas ações. Mantemos nossa recomendação Neutra com preço-alvo de R$ 24,5/unit”, aponta a XP.

JBS (JBSS3, R$ 27,52, -0,11%)

A JBS se comprometeu a zerar o balanço de suas emissões de gases de efeito estufa até 2040 nas operações globais, afirmou a empresa nesta terça-feira à Reuters.

A gigante de proteína animal, que tem sede no Brasil, afirmou que é a primeira grande companhia global do setor a estabelecer tal compromisso. Nos próximos 10 anos, a JBS disse que vai investir  US$1 bilhão em soluções que visem reduzir as emissões de carbono em suas operações.

“Sabemos que é muito difícil conseguir isso”, disse o presidente-executivo da JBS, Gilberto Tomazoni, em entrevista à Reuters. “Vai desafiar toda a empresa.”

Segundo o executivo, todos os negócios da companhia levarão em consideração a meta de redução das emissões de gases, inclusive as alocações de investimento e eventuais fusões e aquisições (M&A).

Dados da JBS mostram que em 2019 suas instalações industriais geraram 4,6 milhões de toneladas de emissões de carbono, enquanto 1,6 milhão de toneladas vieram do uso de energia.

Os resultados indicam quedas em relação a 2017, quando as emissões provenientes das operações da indústria estavam em 5,5 milhões de toneladas e as vindas do uso de energia eram de 1,8 milhão de toneladas, informou a empresa.

No entanto, isto ainda representa uma pequena parte das emissões atreladas à companhia.

Cerca de 90% das emissões totais da JBS vêm de sua cadeia de fornecimento, disse Tomazoni, sem dar um número específico. Ele afirmou ainda que a pecuária tradicional emite 40-45 toneladas de carbono equivalente por tonelada de carne produzida.

Sul América (SULA11, R$ 37,98, -3,78%)

O Credit Suisse elevou o preço-alvo da SulAmérica de R$ 26 para R$ 46,13, frente aos R$ 39,32 negociados na terça. E a expectativa de rendimentos por ação em 2021 de R$ 1,36 para R$ 2,76. O banco afirma que está incorporando dados de 2020 e revisando estimativas devido a mudanças no cenário macroeconômico e à ressurgência de Covid.

Petrobras (PETR3, R$ 22,53, -0,09%; PETR4, R$ 22,82, +0,09%)

A Petrobras informou na véspera que as plataformas P-40 e P-56, no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, voltaram a operar normalmente, após uma redução da produção nos últimos dias, motivada por um surto de Covid-19 que afetou as operações da P-38, que recebe produto de ambas as unidades.

A P-38 é uma unidade do tipo FSO, sigla em inglês para a unidade flutuante que estoca e transfere o óleo produzido por outras unidades. Portanto, não tem produção própria, segundo explicou a Petrobras anteriormente.

A P-40 e a P-56 produziram juntas mais de 85 mil barris de petróleo por dia, em janeiro, segundo dados disponibilizados pela reguladora ANP em seu site. A Petrobras não detalhou quais os volumes que deixaram de ser produzidos nos últimos dias.

Em nota enviada à agência Reuters na sexta-feira, a ANP explicou que a tripulação da P-38 foi testada para Covid-19, e os resultados confirmaram infecção em 27 pessoas. Os trabalhadores que testaram positivo e contactantes de bordo foram desembarcados e substituídos, segundo a Petrobras. O caso ocorreu em meio a um aumento de casos no Brasil, que está se refletindo nas atividades de óleo e gás.

Nesta terça-feira, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) publicou uma nota informando que também houve um surto de Covid na plataforma P-48, no campo de Caratinga, na Bacia de Campos.

Nesse caso, a ANP informou que as informações mais recentes de que dispõe, recebidas na véspera, relatam três casos confirmados entre trabalhadores de P-48, cuja produção segue normalizada.

Na segunda-feira, a ANP registrou 60 novos casos de Covid-19 em plataformas de petróleo e gás, com a média móvel de ocorrências avançando desde o início do mês.

Sequoia Logística (SEQL3, R$ 26,79, -5,00%)

Já a Sequoia Logística informou que avalia oferta restrita subsequente de ações. A companhia engajou BTG Pactual, Santander Brasil, Morgan Stanley, ABC Brasil e Itaú BBA para a coordenação de possível oferta.

(com Reuters, Estadão Conteúdo e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.