África do Sul vê eventual fusão entre Xstrata e Anglo American como “inaceitável”

Para ministra, "monopólios não podem ser promovidos no país"; Vale e Chinalco seriam potenciais compradoras da britânica

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SÃO PAULO – “É justamente inaceitável”. A afirmação é de Susan Shabangu, ministra de recursos naturais da África do Sul, e sintetiza seu olhar quanto a uma possível fusão entre a Xstrata e a Anglo American. “Definitivamente, monopólios não podem ser promovidos no país”, completa a autoridade, ao justificar o viés negativo.

No entanto, as preocupações de Shabangu devem se encerrar, à medida que a mineradora britânica rejeitou proposta da companhia suíça para realizar o processo de fusão. Para a Anglo, seus ativos detêm melhor qualidade e maior vida útil dos que aqueles controlados pela Xstrata.

Vale lembrar que a Anglo American possui ativos raros que não se duplicam, como platina e diamantes, o que a torna ainda mais atrativa.

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27% a mais

De acordo com especulações do mercado, na fila de pretendentes, destaque para as gigantes Vale e Chinalco, embora a companhia chinesa tenha maior probabilidade de acertar com a britânica. Conforme fontes próximas as negociações, a estatal asiática estaria disposta a pagar cerca de £ 22,00 por ação para criar uma anglo-chinesa (27% de prêmio).

Por fim, cabe ressaltar que analistas do Barclays acreditam que uma oferta hostil da Xstrata para comprar a Anglo American é muito pouco provável, ao passo que a companhia suíça não possui montante suficiente em caixa. Além disso, possíveis sinergias deixariam de ser capturadas.

Para a Vale, diversos analistas consultados pela InfoMoney também disseram que o momento não é ideal para uma aquisição desse porte, já que a mineradora brasileira está mais focada em preservar suas boas condições de liquidez.

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