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A Austin Rating revisou suas projeções macroeconômicas e agora espera contração de 2,6% do PIB este ano, ante estimativa anterior de -2,1%. Para 2016, a expectativa passou para -0,5%, de -0,3% antes. Na área fiscal, a agência prevê superávit primário de 0,2% do PIB este ano e déficit de 0,3% no próximo.
“Desde nossa última publicação do relatório de projeções macroeconômicas, em 3 de agosto, o ambiente econômico e político, que já estava bastante perturbado, se deteriorou ainda mais. O governo federal segue acumulando perda de apoio junto à base aliada e, mais recentemente, cometeu o erro capital de encaminhar ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária 2016 com déficit primário de R$ 30,5 bilhões, fato nunca antes registrado na história deste País”, diz no relatório o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.
O câmbio no final deste ano passou para R$ 3,90, de R$ 3,45, enquanto para 2016 mudou para R$ 4,05, de R$ 3,50. A Selic deve terminar 2015 no patamar atual de 14,25%, e recuar para 11,50% no fim do próximo ano. A dívida líquida deve ficar em 38,0% do PIB este ano e subir para 39% em 2016.
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Por outro lado, a Austin diz que o cenário recessivo do País deve surtir efeitos positivos em algumas variáveis, como, por exemplo, a taxa de inflação estimada para 2016, que deverá ficar exatamente no centro da meta (4,5%). No mês passado, a estimativa da agência era de 4,7%. Para este ano, a projeção foi mantida em 9,1%.
A fraca demanda doméstica também ajuda a diminuir o déficit em transações correntes, que deve recuar para US$ 73,2 bilhões no próximo ano (-4,8% do PIB), de US$ 77,3 bilhões este ano (-4,4%). Isso graças ao saldo comercial, que deve atingir US$ 7,9 bilhões em 2015 e US$ 14,3 bilhões em 2016.