Agitação em Brasília, Copom e mudanças no MSCI; confira os destaques do InfoMoney na Bolsa

Mercado segue de olho nos acontecimentos políticos, enquanto MSCI e Copom agitam a bolsa

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Enquanto o mercado segue de olho na política, dois importantes eventos puxam a atenção dos investidores nesta quarta-feira (31). O primeiro é a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) e o segundo é o rebalanceamento do MSCI, ambos no fechamento deste pregão.

Segundo as projeções calculadas sobre a curva dos contratos futuros de DI, há 78% de chance de um corte de 100 pontos-base na Selic e de 22% de uma redução de 75 bps. Mantido este corte no mesmo nível da última reunião, Selic cairá para 10,25% aa, menor nível desde janeiro de 2014. Mas há pouco para comemorar.

O BC deve admitir risco político maior, fato que tirou o ímpeto por cortes maiores – antes do caos político, apostas chegaram a 150 bps de corte, o que deixaria a Selic abaixo de 10%, refletindo inflação controlada, dólar baixo, necessidade de estímulos à economia e avanço gradual das reformas.

Continua depois da publicidade

A decisão sai às 18h e o InfoMoney fará a cobertura em tempo real. Às 14h, na IMTV, confira uma entrevista ao vivo com o economista Nicola Tingas, da Acrefi, para falar sobre perspectivas para o cenário de juros em 2017.

Agitação em Brasília
O cenário político segue bastante agitado e uma das novidades, a possível delação premiada do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci pode ser a nova “bomba”. Segundo a Folha de S. Paulo, ele tenta negociar que a sua pena seja cumprida em um ano de prisão domiciliar, com foco em depoimentos que envolvam banqueiros, empresários como Abilio Diniz e André Esteves e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E a notícia já tem efeito no mercado: “se não fosse o Palocci, taxas estariam caindo mais”, disse Paulo Petrassi, sócio da Leme Investimentos.

Enquanto isso, a situação do presidente Michel Temer tem um pequeno alívio, mas ainda bastante complicada. Depois de reunião com o peemedebista, a cúpula do PSDB decidiu tirar a sucessão da pauta e deve retomar o tema só após a votação da Previdência, segundo o Valor. Já a Folha diz que o PSDB sairá do governo se Temer for cassado pelo TSE e recorrer.

Continua depois da publicidade

Já o PMDB no Senado manteve Renan Calheiro líder e disse apoiar a reforma trabalhista. Para a consultoria Eurasia, permanência de Temer pode atrapalhar reforma da Previdência pois, com reação calma do mercado à crise política, é difícil conscientizar parlamentares da necessidade de mudar o regime de aposentadorias

A reforma Previdência foi para antes do feriado de corpus christi (15/6) e a reforma trabalhista só será votada na terça que vem, dia 6, mesma data do julgamento da chapa Dilma-Temer. Enquanto isso, uma pesquisa do Instituto Paraná mostra que Temer é considerado ótimo ou bom por apenas 6,4% da população, enquanto 74,8% consideram ruim ou péssimo.

Por fim, chama atenção a notícia de que o delegado que investigava o acidente aéreo de Teori Zavascki foi morto a tiros em Florianópolis. Adriano Antonio Santos, delegado chefe da Polícia Federal em Angra dos Reis, foi morto a tiros em uma casa noturna em Florianópolis na madrugada desta quarta-feira (31). O policial federal Elias Escobar, delegado em Volta Redonda, e uma terceira pessoa também foram baleadas.

Continua depois da publicidade

MSCI

Hoje no fechamento do pregão haverá o rebalanceamento do MSCI, com destaques no Brasil para adição de Taesa (TAEE11), a saída de AES Tietê (TIET11) e a redução de participação de BRF (BRFS3) e SulAmérica (SULA11).

No dia 17 de maio, publicamos uma matéria explicando por que o MSCI é o trade mais “imbecil” do mundo, por conta da sua assertividade quase que precisa e facilidade em replicá-lo (clique aqui para conferir).

XP

Invista até R$ 80 mil no novo CDB 150% do CDI da XP; condição inédita.

Abra a sua conta gratuita na XP para aproveitar

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.