Publicidade
SÃO PAULO – Os organizadores da Agrishow 2016, considerada a maior feira de tecnologia agrícola do País, torcem para a edição deste ano, ao menos, igualar o resultado de faturamento da anterior, que alcançou R$ 1,9 bilhão. A 23ª Agrishow acontece de 25 a 29 de abril, em Ribeirão Preto (SP).
De acordo com o presidente da Agrishow, Fábio Meirelles, a crise, que indubitavelmente também atinge o agronegócio, é o principal motivo para a cautela em relação a projeções mais concretas relativas ao desempenho financeiro da feira neste ano. Entretanto, segundo ele, que também preside a Faesp, é preciso manter sempre a expectativa positiva.
Para o presidente de honra do evento, o empresário do segmento sucroenergético, Maurílio Biagi, repetir o faturamento de 2015 será algo importante dada às circunstâncias macroeconômicas que se deterioraram desde a edição passada.
Continua depois da publicidade
Segundo Biagi, o volume de vendas de máquinas agrícolas – equipamentos que são o carro-chefe da feira – obtidos nas últimas edições jamais se repetirá. “Isso ficou no passado.”
Certo otimismo também se faz presente
Francisco Maturro, vice-presidente da Abag, uma das entidades organizadoras da feira, diverge um pouco, expressando ligeiramente mais otimismo. Segundo ele, o produtor rural está capitalizado, especialmente devido à valorização do dólar, o que favorece o retorno da comercialização da produção.
Continua depois da publicidade
Para Maturro, as taxas de juros do Plano Safra 2016/17 não devem subir, fator que somado à garantia do governo federal de que haverá recursos suficientes para o financiamento de máquinas ainda durante a vigência do plano atual [junho], alimentam uma perspectiva favorável de negócios para a Agrishow.
José Danhesi, executivo da Informa, empresa responsável pela gestão operacional da feira, ressalta, embora sem revelar números exatos, que o investimento em infraestrutura feito para a edição 2016 é superior ao realizado na feira do ano passado. Estima-se que a Agrishow deverá ter cerca de 800 expositores, entre empresas nacionais e estrangeiras. “O núcleo duro, ou seja, as grandes fabricantes de máquinas agrícolas estará presente”, assegura Danhesi, que acrescenta: “projetamos um público total de 160 mil visitantes”.