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SÃO PAULO – No último sábado (4) as gigantes de tecnologia Google e Yahoo! anunciaram ao mercado que o início da parceria em negócios de publicidade via internet será prorrogado para que as autoridades antitruste norte-americanas completem os estudos em torno da operação.
A princípio, a avaliação feita pelo Departamento de Justiça norte-americano teria conclusão em até 100 dias contados a partir do anúncio da aliança, firmada em junho passado.
Em comunicado, ambas as empresas expressaram que a parceria, com início previsto para o início deste mês, terá um “breve atraso”, que pode chegar a três meses.
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Microsoft ganha aliados
A Microsoft se opõe publicamente à aliança entre Yahoo! e Google, alegando que, uma vez efetivada, daria ao Google controle de 90% do mercado de buscas on-line.
A companhia fundada por Bill Gates tem aliados na sua manifestação de oposição à parceria. A Associação Nacional de Anunciantes, (Association of National Advertisers, em inglês) alega que o acordo de ambas poderá elevar por demasiado os preços de publicidade na internet. O grupo de advocacia American Antitrust Institute, por sua vez, pede por restrições ao controle de mercado do Google.
Vale lembrar que no início deste ano a Microsoft fez uma oferta de compra pela Yahoo!, rejeitada por seu quadro de acionistas. Analistas vêem a aliança entre Yahoo! e Google como uma tentativa da primeira de reverter seu recente quadro de fracos resultados financeiros, o que fortaleceria a empresa contra tentativas de aquisição, como a feita pela Microsoft.
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Mais detalhes
A parceria firmada em junho garante ao Google espaço publicitário em alguns dos resultados de pesquisa da Yahoo!.
A necessidade do aval do Departamento de Justiça norte-americano vem do fato de que, juntas, as empresas respondem por mais de 80% das buscas na internet feitas nos Estados Unidos.
De acordo com apuração da ComScore Inc, em agosto o Google detinha 63% de market share neste segmento, seguido pela Yahoo!, com 19,6%. A Microsoft aparece em terceiro, com 8,3% das buscas na internet naquele país.