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A Alupar (ALUP11) apresentou seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2023 e, dentre os números, trouxe lucro líquido – regulatório de R$ 163,4 milhões, com crescimento de 11,6% em relação aos R$ 146,4 milhões reportados no mesmo período de 2022.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (na sigla em inglês, Ebitda) totalizou R$ 662,4 milhões, com um avanço de 5,3% em relação aos R$ 628,8 milhões registrados no terceiro trimestre de 2022.
A receita líquida regulatória atingiu R$ 797,3 milhões, com alta de 5,3% na comparação anual. A receita foi positivamente impactada pela negociação de energia por valor acima do usual em usina no Peru. O resultado financeiro regulatório, por sua vez, apresentou avanço de 1,74%, principalmente por impacto do IPCA, e ficou negativo em R$ 213 milhões.
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No setor, existe a preferência pelo uso de números regulatórios, em detrimento de indicadores societários por oferecem melhor visibilidade da demonstração contábil da companhia.
“O CPC 06 – R2 introduziu um modelo único de contabilização de arrendamentos nas demonstrações financeiras dos arrendatários. Como resultado, a Companhia, como arrendatária, passou a reconhecer os ativos de direito (seus direitos de utilizar os ativos subjacentes) e os passivos de arrendamento (obrigações de efetuar pagamentos dos arrendamentos)”, reforça a Alupar em nota explicativa no material de divulgação de seu balanço.
Com base nos números IFRS, o Ebitda totalizou R$ 455,1 milhões e o Lucro Líquido atingiu R$ 100 milhões.
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“Nós somos uma das únicas empresas que ampliaram o mercado e não ficamos no Brasil, selecionamos países com risco político baixo, bom campo regulatório”, comenta o superintendente de RI da Alupar, Luiz Coimbra.
Entre as iniciativas que a empresa traz, estão dois novos projetos no Peru e no Chile. A companhia venceu dois leilões, um realizado no Peru para projeto de transmissão com valor de US$ 4,9 milhões em concessão de 30 anos. “É um projeto sem muita complexidade”, comenta, destacando que o projeto traz receita em dólar, reajustados pela inflação americana (PPI) e bom prazo de concessão (com 5 anos a mais do que se pratica no Brasil, uma vez que a receita é recebida a partir da entrada em operação, com 30 anos).
No Chile, a Alupar marca seu retorno ao país, após atuação entre 2005 e 2026, para realização de concessão perpétua em projeto avaliado em US$ 5,2 milhões. “São retornos bem acima do que tem se visto aqui no Brasil, retornos bons, dois dígitos, em dólar, alavancado”, considera.
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Além disso, a companhia segue avançando no início da operação do parque eólico AW Santa Régia e segue na construção do projeto “linhão de Tucuruí” para integração de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A dívida líquida da companhia, em 30 de setembro, ficou em R$ 6,5 bilhões, com alta de 6,5% em relação ao ano anterior. A alavancagem, medida pela proporção entre dívida liquida sobre EBITDA se manteve estável, em 3 vezes.
Dividendos de R$ 36,6 milhões
O Conselho de Administração da Companhia recomendou a distribuição de dividendos no montante de R$ 36,6 milhões (R$ 0,12 por Unit e R$ 0,04 por ação ON e PN).
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“Atendendo à Política de Dividendos aprovada em 2022, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a distribuição de dividendos no montante de R$ 36,6 milhões relativos aos resultados do terceiro trimestre, totalizando, junto com os dividendos intercalares do primeiro e do segundo trimestre, R$ 109,7 milhões”, aponta.
Entre os dividendos que serão pagos/anunciados em 2023, o montante total figura em R$ 531,7 milhões. “É recorrente o aumento de dividendos”, reforça o superintendente.
Atendendo à política de dividendos aprovada em 2022, o pagamento dos dividendos intercalares será realizado aos acionistas em até 60 dias da data de aprovação que ocorreu na Reunião do Conselho de Administração.
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Farão jus ao recebimento dos dividendos os acionistas com posição na ação em 16 de novembro de 2023. Desta forma, as ações de emissão da Companhia passarão a ser negociadas “ex-dividendos” a partir de 17 de novembro de 2023.
