Após queda nas vendas, CEO da Apple assume que o iPhone pode estar caro demais

A Apple vem perdendo espaço para o Android nos últimos tempos e a culpa pode ser o preço

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Tim Cook, CEO (Cheif Executive Officer) da Apple, acabou de dar seu comentário mais detalhado sobre o efeito dos preços dos iPhones na queda de vendas deles que foi observada recentemente. Em uma entrevista recente, ele foi perguntado sobre o preço do aparelho, que está em uma média de US$ 600 nos EUA, e se ele valeria esse preço, conforme relata o repórter do site Business Insider Jim Edwards.

As vendas de iPhones recuaram 16% no último trimestre e o celular está perdendo participação de mercado para o Android em quase todo mundo. Analistas acreditam que as vendas do aparelho devem continuar caindo ao longo desse ano.

Cook respondeu que acredita que o iPhone pode estar muito caro na Índia, e disse que a companhia pode considerar abaixar o preço: “eu reconheço que os preços estando altos. Nós queremos fazer coisas que abaixem isso (o preço) ao longo do tempo para o degrau que conseguirmos”.

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Esse é um reconhecimento importante. O mantra da empresa sempre foi que ela faz os melhores produtos e não quer competir em preço. É assim que ela mantém suas enormes margens de lucro. Então, qualquer noção de que o CEO possa tentar outras estratégias que incluam diminuir os preços, ainda mais em um mercado com o peso da Índia, pode ser importante.

Anteriormente, Cook já tinha apontado de maneira vaga que o preço do iPhone estava afetando suas vendas. A reportagem do Business Insider ainda comenta que as flutuações de câmbio e taxas locais estão afetando os preços do aparelho, chegando a US$ 931 no Brasil e US$ 784 na Índia.

Mesmo tendo ponderado suas declarações na mesma entrevista, isso mostra que Cook está ciente de um dos problemas chave do iPhone no momento: o mercado de smartphones não está mais crescendo e a Apple já capturou o fim da aceleração do mercado. Mesmo assim, a Apple precisa crescer e é difícil ver onde fazer isso quando um bilhão de pessoas na Ásia não podem comprar o produto, comenta o repórter.

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