Após sair da prisão, fundador da FTX tenta pôr a mão em recursos da corretora

Sam Bankman-Fried pediu à Justiça o direito de acessar ativos da exchange que pediu falência em novembro

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O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, deixa o tribunal federal em Nova York após audiência em 22 de dezembro (Michael M. Santiago/Getty Images)
O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, deixa o tribunal federal em Nova York após audiência em 22 de dezembro (Michael M. Santiago/Getty Images)

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Os advogados de Sam Bankman-Fried, fundador da exchange de criptomoedas FTX, que faliu em novembro, argumentam que o ex-executivo deve ter acesso a ativos e criptomoedas mantidos pela corretora, sob a justificativa de que não há evidências de que ele seja responsável por supostas transações não autorizadas verificadas no passado.

Bankman-Fried, que renunciou ao cargo de CEO da FTX em 11 de novembro, quando a empresa entrou com pedido de falência nos EUA, está atualmente em liberdade após pagamento de fiança. Acusado de fraude em meio eletrônico e lavagem de dinheiro, ele se declara inocente.

Como parte das condições impostas pela Justiça para ganhar liberdade, Bankman-Fried foi proibido de acessar as criptomoedas mantidas pela FTX e seu braço de trading, Alameda Research, depois que o governo dos EUA apontou a existência de transferências ilícitas feitas de carteiras da Alameda. A proibição também inclui ativos comprados com recursos da FTX e da Alameda.

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“Quase três semanas se passaram desde a primeira audiência pré-julgamento e assumimos que a investigação do governo confirmou o que o Sr. Bankman-Fried disse o tempo todo; ou seja, que ele não acessou ou transferiu esses ativos ”, disse uma carta do advogado de Bankman-Fried, Mark Cohen, adicionada aos autos no sábado (27).

Na sexta-feira (27), o Departamento de Justiça dos EUA solicitou a proibição de comunicações como condição adicional para liberdade de Bankman-Fried, afirmando que o ex-CEO havia tentado entrar em contato com uma possível testemunha no caso e com o conselheiro geral da FTX, Ryne Miller.

O advogado de Bankman-Fried concorda com a a maioria das restrições, mas diz que seu cliente ainda deve ter acesso a alguns ex-funcionários, incluindo seu terapeuta, George Lerner.

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“Exigir que o Sr. Bankman-Fried inclua advogados em todas as comunicações com um antigo ou atual funcionário da FTX colocaria uma pressão desnecessária em seus recursos e prejudicaria sua capacidade de se defender neste caso”, disse Cohen. “Muitos desses indivíduos são amigos do Sr. Bankman-Fried. Impor uma restrição geral ao contato dele com eles removeria uma importante fonte de apoio pessoal”.

Ao enviar mensagens a Miller e ao novo CEO da FTX, John Ray, Bankman-Fried tentou “oferecer sua ajuda”, mas foi aparentemente ignorado, afirmou o advogado.

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