As 10 ações mais atraentes para 2013, na visão da Empiricus Research

Na visão da casa de research, as empresas da bolsa vivem dois mundos: um de empresas caras e boas, outro de ações ruins e baratas. "O interessante é encontrar papéis que estejam no meio desses dois extremos"

Paula Barra

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SÃO PAULO – O cenário para a bolsa paulista pode não ser o “melhor dos mundos” no ano que vem, mas os analistas da casa de research Empiricus apontam dez opções de ações que devem se destacar.

Em webcast realizado nesta segunda-feira (17), os analistas Rodolfo Amstalden e Roberto Altenhofen indicaram dois momentos diferentes para as empresas listadas na bolsa: um contendo ações boas, mas caras (bons pagadores de dividendos e de qualidade) e o outro com companhias ruins e baratas (aconselhado evitá-lo). “O interessante é encontrar papéis que estejam no meio desses dois extremos”, aconselham.

Nesse panorama, eles recomendam: Abril Educação (ABRE11), ALL América Latina (ALLL3), Minerva (BEEF3), BR Malls (BRML3), BM&FBovespa (BVMF3), Cetip (CTIP3), HRT (HRTP3), Taesa (TAEE3), Triunfo (TPIS3) e V-Agro (VAGR3).

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As top 10
Segundo eles, a Abril Educação é um exemplo de papel defensivo com crescimento orgânico e inorgânico, indicam. A receita da empresa expandiu 20% no ano, enquanto a margem Ebitda (Ebitda/Receita Líquida) subiu 28%. 

Já para a ALL, as boas notícias são que a empresa vai ter fluxo de caixa positivo em 2013 e possui baixo risco regulatório, além de valuation atrativo, de 5,5 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) previsto para o próximo ano.

Já o frigorífico Minerva ainda mostra fôlego para avançar por mais 3 anos depois de já ter subido 96% em 2012. Segundo os analistas, a empresa está trabalhando com sua desalavangem e está “ultracapitalizada”.

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No setor financeiro, os analistas recomendam BM&FBovespa e Cetip. No caso da BM&FBovespa, depois de 2012 difícil para renda variável, eles veem melhora para a bolsa, com mais trading e mais participações de investidores, além de ofertas de ações represadas.

Olhando para Cetip, eles apontam a geração de caixa da companhia, que cresceu 22% ao ano. Outros pontos resaltados são a entrega de projetos na data e no orçamento, e concorrência com a BM&FBovespa “superestimada” pelos investidores, já que a empresa tem reserva de mercado para continuar com uma estrutura que lembra um monopólio.

Entre as petrolíferas, a HRT é a opção de investimento dos analistas. “2013 será o ano da companhia”, reforçam. O papel da empresa está “barato”, e suas operações têm ficado cada vez mais enxutas. Além disso, o queima de caixa da HRT tem sido reduzido, com as perfurações em Solimões em menor tempo e custo, comentam.

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Mesmo no embaraço do setor elétrico, Amstalden e Altenhofen veem bom potencial na Taesa, já que a companhia escapou da Medida Provisória 579 do governo sobre as concessões. No mais, a empresa mostra previsibilidade de ganhos e dividend yiel de 8,4% estimado para 2013.

Outra opção com previsibilidade de ganhos seria a Triunfo. Além disso, eles indicam que a companhia será beneficiada por conta do pacotão de infraestrutura do governo e está em processo de desalavancagem. “Star ups: Viracopos e Garibaldi (antecipado em 1 ano)”, reforçam.

Por último, os analistas recomendam as ações da V-Agro, olhando para a mudança estrutural e a saída da empresa do biodiesel para o agronegócio. “A empresa tem potencial para caminhar a passos longos daqui para frente. Ela vem passando uma mensagem muito interessante para os investidores, zerou sua dívida e está com novo CEO (Chief Executive Officer)”, comentam. Outro ponto interessante para observar é que a companhia possui um portfólio de terras de R$ 1,06 bilhão para um market cap de R$ 812 milhões.