Ata do Fomc mostra que membros veem menor clareza em dados, mas se preparam para reduzir compras de ativos

O chamado "tapering" dos estímulos deve começar antes do antecipado, porém ata não traz novidades mais hawkish do que o comunicado passado

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – A ata da reunião de junho do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) revelou que os membros do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, não estão com pressa para começar a reduzir as compras de ativos, embora já estejam pensando no momento mais adequado para fazer isso.

De acordo com o texto, o tão esperado padrão de “melhora substantiva” na economia americana não foi atingido na visão dos participantes do Fomc. Fora isso, alguns dos membros enxergaram os dados divulgados nas últimas semanas como menos claros em sinalizar o momentum da economia.

Entre eles, há expectativa de que a autoridade monetária dos EUA terá mais informações nos próximos meses para permitir uma melhor avaliação do caminho do mercado de trabalho e da inflação.

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No entanto, vários membros mencionaram que esperam que as condições para começar a reduzir o ritmo de compras de ativos serão atendidas um pouco antes do que tinham antecipado em reuniões anteriores.

Em geral, os membros do Fomc julgaram que, “por uma questão de planejamento prudente, era importante estar bem posicionado para reduzir o ritmo de compras de ativos, se apropriado, em resposta a desenvolvimentos econômicos inesperados, incluindo um progresso mais rápido do que o previsto em direção às metas do Comitê ou o surgimento de riscos que possam impedir o cumprimento dos objetivos do Comitê ”, aponta a ata.

Como analisou a CNBC, a sensação que prevaleceu entre os membros do Fed é de que a economia ainda tem que atingir um progresso substantivo adicional antes de serem feitas quaisquer mudanças significativas na política monetária.

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Além disso, os membros entendem que os mercados devem estar bem preparados para quando os estímulos forem retirados e a política monetária deixe de ser ultraestimulativa.

“Nas próximas reuniões, os participantes concordaram em continuar avaliando o progresso da economia em direção às metas do Comitê e em começar a discutir seus planos para ajustar o caminho e a composição das compras de ativos”, afirma a ata. “Além disso, os participantes reiteraram sua intenção de avisar com bastante antecedência uma decisão para reduzir o ritmo de compras.”

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.