Ativos da BlockFi podem ser oferecidos para o mercado após audiência de falência

Os ativos de mineração da falida credora de criptomoedas seriam vendidos em um leilão

CoinDesk

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A credora cripto falida BlockFi parece estar a caminho de vender alguns ativos depois que um juiz de falências de Nova Jersey, nos Estados Unidos, demonstrou aprovar a ideia.

A medida faz parte do processo de proteção contra falência (pedido que se assemelha à recuperação judicial no Brasil) projetado para restaurar fundos aos credores.

De acordo com uma proposta apresentada ao tribunal de falências nesta segunda-feira (30), os licitantes dos ativos de mineração cripto da BlockFi teriam até 20 de fevereiro para enviar lances em um leilão.

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“Acho que é um processo viável e certamente rápido e eficiente que está contemplado”, disse o juiz Michael Kaplan, depois que o governo dos EUA e um comitê que representa os credores retiraram suas objeções.

“Vamos todos manter nossos dedos cruzados para que isso produza resultados significativos”, completou.

A venda seria a primeira de uma série de leilões em potencial, falaram os advogados da BlockFi ao tribunal.

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“Recebemos um interesse substancial no mercado para certos pacotes de ativos e esperamos receber ainda mais ofertas daqui para frente”, disse Francis Petrie, do escritório de advocacia Kirkland & Ellis, depois que um processo legal de 9 de janeiro citou 35 contrapartes em potencial.

“Dadas as realidades práticas das circunstâncias dos devedores e a atual volatilidade no mercado de criptomoedas, precisamos agir rapidamente para preservar o valor de nossos ativos”.

Robinhood

As tentativas da BlockFi de colocar as mãos em centenas de milhões de dólares em ações da Robinhood, no entanto, deram uma guinada adicional após procedimentos legais paralelos em Antígua, informou o tribunal de Nova Jersey.

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“Em 27 de janeiro, o tribunal de Antígua concedeu a moção de Sam Bankman-Fried para suspender o processo de liquidação”, disse Richard Kanowitz da Haynes Boone, também representando a BlockFi.

“Eles concederam permissão para recorrer, que ele deve apresentar no prazo de 21 dias.”

As 56 milhões de ações, com um valor atual de cerca de US$ 577 milhões, são objeto de uma disputa complexa entre a BlockFi; a exchange falida FTX; o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried; os liquidantes de Antígua da empresa de fachada que nominalmente detinha as ações e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês).

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De acordo com processos judiciais no início de janeiro, as ações foram apreendidas pelo DOJ, que está investigando Bankman-Fried, que se declarou inocente de acusações, incluindo fraude eletrônica.

Bankman-Fried também disse que estava disposto a dar as ações aos clientes da FTX, embora no tribunal ele se opusesse a uma oferta relacionada da FTX para reivindicar a propriedade.

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Dependente da corretora falida para uma linha de crédito de US$ 400 milhões, a BlockFi entrou com pedido de proteção contra falência em 28 de novembro, logo após a FTX fazer o mesmo.

Na sexta-feira (27), Kaplan aprovou um bônus de US$ 10 milhões para BlockFi destinados a evitar que os funcionários deixassem a empresa.

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