Atraso no Focus se deve à operação-padrão de servidores do BC, diz sindicato

Banco Central informou mais cedo que o relatório, que normalmente é divulgado às 8h25, só será publicado às 10h

Estadão Conteúdo

Edifício Sede Caixa Econômica Federal e Banco Central em Brasília
Edifício Sede Caixa Econômica Federal e Banco Central em Brasília

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O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad, afirmou na manhã desta segunda-feira (21), que o atraso na divulgação do Relatório Focus de hoje se deve à operação-padrão dos servidores da instituição.

O BC informou mais cedo que o relatório, que normalmente é divulgado às 8h25, só será publicado às 10h. Procurada pelo InfoMoney, a instituição não respondeu até o momento se o atraso se deve às paralisações diárias dos servidores.

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Os servidores do BC decidiram, em assembleia na quarta-feira (16), que fariam paralisações diárias de quatro horas, de 14h às 18h. Também ficou decidido que os substitutos de cargos de chefia pediriam exoneração de suas posições.

Faiad negou, no entanto, que a assembleia tenha atrasado também a divulgação da Selic no mesmo dia (a decisão, que geralmente é divulgado por volta das 18h, só foi anunciado depois das 19h). Mas afirmou que a operação-padrão pode afetar outras importantes divulgações.

Estão marcadas para esta semana a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na terça às 8h, e do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), na quinta-feira (24) também às 8h.

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Reinvindicações dos servidores

A categoria quer um reajuste salarial de 26,3%, além da reestruturação da carreira de analistas, e fará uma nova assembleia amanhã, terça-feira (22) para deliberar sobre uma greve geral.

“As recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro, pedindo ‘compreensão’ aos servidores que não são da segurança pública federal, sugerem que o reajuste será dado somente para os policiais federais e outros servidores de segurança, excluindo os servidores do BC”, afirmou Faiad.

O sindicato cobra uma reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, nos próximos dias, e também que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, envie um ofício ao Ministério da Economia e ao presidente Jair Bolsonaro cobrando o reajuste.

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