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SÃO PAULO – Enquanto o dólar comercial fechou com forte queda de 2% acompanhando o noticiário político, o dólar futuro disparou a partir das 17h30 (horário de Brasília) com mais uma intervenção do Banco Central. Se durante o pregão regular a sinalização de o BC iria reduzir a rolagem de swaps não estancou a queda, o efeito veio no fim da tarde, com rumores de que a autoridade monetária estava buscando algumas corretoras para comprar câmbio. A notícia fez o dólar futuro disparar 1,35% em 13 minutos, zerando as perdas da moeda. Após a atuação do BC, o dólar futuro encerrou praticamente estável (-0,06%), a R$ 3,635, depois de ter caído 1,5% no intraday, indo a R$ 3,581, na mínima do dia.
Depois dos rumores de que o BC estava buscando corretoras para comprar a moeda, veio a notícia oficial: o BC fará leilão de swap reverso de até 20.000 contratos na segunda-feira das 12h10 às 12h20, com vencimento em 1° de julho de 2016, segundo comunicado da autoridade monetária. O resultado será divulgado a partir das 12h30.
A ideia do BC adquirindo moeda pressiona o dólar para alta já que indica que pode haver uma redução de volume no mercado. Isso se alia com a recente notícia de que a autoridade irá diminuir a rolagem de swaps cambiais, que representa uma venda de dólar no mercado futuro. Nesta sessão, a divisa “ignorou” esta notícia e caiu forte de olho no noticiário político e nas recentes informações de que o PMDB deve mesmo deixar a base do governo.
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Ontem a autoridade afirmou que a redução reflete o entendimento de que o atual ambiente internacional permite rever suas posições em swaps. Uma fonte da autoridade monetária disse à Reuters que a decisão foi tomada após o Federal Reserve, banco central norte-americano, mostrar-se mais “dovish” na quarta-feira.
Atualmente, o BC administra estoque correspondente a cerca de US$ 110 bilhões em swaps, que oferecem aos investidores proteção contra a alta do dólar, distribuídos em diversos vencimentos no primeiro dia útil de cada mês. A autoridade monetária diz que a atuação tem como objetivo oferecer proteção cambial aos agentes e moderar a volatilidade no câmbio. Alguns analistas, porém, criticam a estratégia, que tende a gerar custos para o BC quando a moeda norte-americana sobe.
Confira a imagem que mostra a disparada do dólar após a ‘atuação’ do BC :
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