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Se o Ethereum (ETH) passar a adotar a prova de participação (proof-of-stake, PoS) no futuro, conforme planejado, vai eliminar a necessidade de mineradores, diminuirá a demanda por unidades de processamento gráfico (GPUs) e reduzirá drasticamente o uso de energia, disse o Morgan Stanley em relatório publicado nesta segunda-feira (27).
Os desenvolvedores do Ethereum esperam que a atualização “The Merge” (“A Fusão”, em tradução livre) aconteça em setembro e, possivelmente, em agosto, mas, devido aos atrasos anteriores, não seria uma surpresa se isso fosse adiado para o início do próximo ano, segundo o relatório.
Enquanto na prova de trabalho (proof-of-work, PoW), usada pelo Bitcoin (BTC), os mineradores criam criptomoedas novas ao emprestar poder computacional e resolverem cálculos na blockchain, gastando bastante e energia, no PoS o processo de mineração é diferente.
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Nele, os mineradores precisam manter uma certa quantia de criptomoedas na rede para ajudar a validar as transações e dar segurança à plataforma. Em troca, eles cunham – e ganham – novos ativos digitais.
A mineração de criptomoedas teve um grande impacto no mercado gráfico de jogos nos últimos 18 meses, disse o banco, gerando cerca de 14% da receita em 2021. Entretanto, “contribuiu substancialmente para uma grande escassez gráfica que impulsionou o mix geral e preços”.
A demanda de GPUs, que são amplamente utilizadas para minerar diferentes criptomoedas e, assim, aumentar a margem de lucro da mineração, deve diminuir, segundo o relatório, mas a Nvidia está menos exposta hoje à essa demanda do que estava entre 2017 e 2019.
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Além disso, a demanda da mineração de criptomoedas, que contribuiu para a escassez de placas gráficas, começou a diminuir no primeiro semestre do ano, observou o banco.
Leia também: Ethereum em staking está sendo abandonado por medo de atualização, dizem especialistas
Tanto a Nvidia quanto a empresa multinacional de semicondutores AMD disseram que reduziram os cenários negativos da criptomoeda, mas o Morgan Stanley acredita que haverá uma correção mais baixa na GPU de jogos no primeiro trimestre do próximo ano.
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Isso se deve a uma série de fatores, como uma menor demanda devido à retomada do trabalho presencial, migração de criptomoedas para PoS e “composições sequenciais difíceis após a reconstrução do inventário do canal em 2022”, acrescentou.
A expectativa é de que os mineradores de Ethereum vendam seus equipamentos de GPU usados após a fusão, pois hoje não é lucrativo para todos esses computadores minerar outras criptomoedas. Ainda de acordo com o banco, o fornecimento de Ether deve cair após a fusão e pode até mesmo se tornar contracionista, então é improvável que todos os mineradores se tornem stakers.
Staking se refere ao processo de manter criptomoedas em uma blockchain por um período de tempo específico para contribuir para a segurança do sistema em troca de recompensas.
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Na avaliação do Morgan Stanley, a mudança para PoS não resolverá os problemas de escalabilidade do Ethereum, como o número de transações por segundo nem resultará em taxas de transação mais baixas.
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