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SÃO PAULO – Após duas quedas seguidas de quase 3% do dólar, renovando sua mínima desde agosto do ano passado, o Banco Central decidiu intervir forte no câmbio nesta terça-feira (12), realizando 5 leilões de swaps reversos, movimentando um total de US$ 6 bilhões. Mesmo assim, a moeda norte-americana fechou longe da máxima, subindo apenas 0,006%, cotada a R$ 3,4918 na compra e R$ 3,4948 na venda.
Na primeira operação do dia, a autoridade monetária ofertou 80 mil contratos, o equivalente a US$ 4 bilhões, mas o mercado só aceitou metade. No segundo leilão, os prêmios foram reduzidos, e o BC colocou apenas 7,1 mil papéis de 40 mil disponibilizados. Já na terceira operação, a autoridade disponibilizou os 32.900 contratos que estavam faltando, totalizando os 80 mil iniciais.
Mas o BC não cansou e realizou o 4° leilão, que teve resultado divulgado às 16h20. Nele, foram colocados 31.600 contratos com vencimento em 2 de maio de 2016 e 8.400 contratos com vencimento em 1° de junho de 2016. O equivalente financeiro dessa operação foi de US$ 1,99 bilhão. Ainda antes do fechamento do dólar comercial, porém, o Banco Central anunciou o 5º leilão, que elevou o total do dia para 160 mil contratos, o que equivale a US$ 8 bilhões.
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Para Leonardo Monoli, sócio e diretor da Jive Asset, “o price action do câmbio indica claramente o desmonte de posições compradas e de hedges no dólar”. De acordo com os analistas, o mercado está claramente vendedor e só não caiu forte nesta sessão por conta das intervenções do Banco Central.
“(O dólar) caiu muito ontem e o BC veio forte”, afirmou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel, para quem o mercado já precificou o afastamento da presidente e, por isso, a moeda norte-americana deve ser negociada em torno do atual patamar. “Pode variar um pouco para baixo ou para cima, dependendo das notícias”, acrescentou, lembrando que o mercado já colocou na conta que a presidente será de fato afastada.
Na noite passada, a comissão especial do impeachment aprovou o parecer favorável à abertura do processo contra Dilma por 38 votos a 27, resultado comemorado pela oposição mas que não desagradou de todo os governistas por não chegar a dois terços de deputados a favor do impedimento. No fim da semana, o plenário da Câmara dos Deputados deve votar a matéria.
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Com Reuters