Publicidade
SÃO PAULO – Em teleconferência realizada na tarde desta segunda-feira (17), Paulo Mendonça, diretor de exploração e produção da OGX (OGXP3), e Marcelo Faber Torres, diretor financeiro, destacaram os números da empresa durante o primeiro trimestre deste ano.
O retrocesso de 38,5% do resultado financeiro líquido na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, impactando diretamente no lucro da companhia, foi resultado das perdas contabilizadas com operações de hedge cambial, afirma o diretor financeiro.
Apesar do desempenho desfavorável, a “posição de caixa é bastante sólida”, enfatiza Torres. Ainda sobre a queda do lucro, o diretor atribui-a ao aumento das despesas gerais (campanhas de perfuração) e administrativas, tendo em vista a expansão da OGX e do quadro de funcionários (85 para 169 colaboradores). “Temos mais caixa que necessitamos (…), caixa para começar o desenvolvimento”, alega Torres.
Continua depois da publicidade
De acordo com a empresa, a posição de caixa por volta de R$ 7 bilhões é suficiente para cumprir todos os compromissos exploratórios até 2013 e início do desenvolvimento da produção, assunto principal da teleconferência.
Perspectivas exploratórias
“O primeiro trimestre de 2010 foi muito importante. Onze poços foram perfurados (na bacia de Campos), com dez perfurações excelentes”, comemora Paulo Mendonça, que ressalta o grande potencial petrolífero confirmado e a redução das reservas riscadas, que são calculadas a partir de imagens de sondas.
“É possível atingir o número de não-riscados (…) Haverá uma série de poços perfurados nos próximos meses”, ressalta o diretor de exploração e produção da empresa. A OGX iniciou neste ano a perfuração de seis poços na bacia de Campos e dois na bacia de Santos, investindo pesado em equipamentos para perfuração. A perspectiva é grande para a perfuração do primeiro poço na bacia de Parnaíba, para maio deste ano, afirma Torres.
Continua depois da publicidade
A campanha exploratória da OGX consta com a conclusão das perfurações dos poços OGX-9DB a OGX-13, entre as bacias de Campos e Santos, além da realização de testes de formação para delimitação das descobertas realizadas até agora, para a preparação para a produção do primeiro barril de petróleo já no primeiro semestre do ano que vem.
O volume total de óleo recuperável prospectado pela OGX está na faixa entre 2,6 a 5,5 bilhões de barris, com base em 7 poços concluídos em Campos. “A faixa ficará mais delimitada com mais testes”, afirma Mendonça, uma vez que entrará em operação uma sexta sonda “para trazer resultados comprovados e maximizar os volumes até o final do ano”, enfatiza.
A empresa reiterou também sua intenção em vender participações minoritárias em blocos localizados na bacia de Campos, aproximadamente 20%, reitera um dos diretores, com o objetivo de levantar capital para projetos. “Agora é a hora de vender”.
Continua depois da publicidade
Participação na Colômbia
Entre os planos para este ano, a empresa foi qualificada para participar da “Open Round Colombia 2010”, que é a décima rodada de licitação de blocos exploratórios do governo colombiano.
A escolha de participar, segundo os diretores, consiste na experiência da equipe em relação à área que será leiloada e à atratividade do negócio. A empresa não pretender adquirir participação, apenas “trabalhar com blocos perfuratórios”, visando resultados de curto prazo.
Com relação aos recursos, os diretores garantiram que não será alocado muito capital nesta investida, mas sim aproveitadas oportunidades. “Não vamos colocar em perigo o nosso caixa com essa operação”, destacam os executivos, que também não descartam parcerias para exploração na região colombiana.