BC da China corta compulsório e taxa de juros de empréstimo para conter mercado

Compulsório bancário foi reduzido em 0,5 ponto percentual, medida esta que entrará em vigor em 6 de setembro

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em meio ao cenário de forte queda da bolsa do país, a China anunciou a redução da taxa de empréstimo de 1 ano em 0,25 ponto percentual, para 4,6%, enquanto a taxa para depósito foi cortada em 0,25 ponto percentual para 1,75%, de acordo com comunicado no website do BC da China. O corte de juros entra em vigor a partir da próxima quarta-feira (26).

Além disso, o compulsório bancário foi reduzido em 0,5 ponto percentual, para 18%, para a maioria dos grandes bancos, medida esta que entrará em vigor em 6 de setembro. Desta forma, o banco também aumentou a quantidade de capital disponível para empréstimo em meio à redução das reservas mínimas bancárias. 

Dentre outras medidas para conter a queda do mercado, o Banco Popular da China anunciou nesta terça-feira a injeção de um total de 150 bilhões de iuanes, cerca de US$ 23,4 bilhões, no sistema financeiro do país para aumentar sua liquidez. O banco central chinês explicou, em comunicado publicado pela agência oficial “Xinhua“, que a redução da liquidez disponível no mercado, causada pela desvalorização do iuane, tornou esta intervenção necessária. Com isso, o dia também é de recuperação para as commodities, com o petróleo brent subindo 3,42%, a US$ 44,15.

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Hoje e ontem, o dia foi de derrocada para as bolsas chinesas, com os investidores “desesperados” com a falta de medidas de Pequim em reação a dados recentes sugerindo que a desaceleração da segunda maior economia do mundo está se aprofundando. 

O banco central chinês chocou os mercados mundiais ao desvalorizar o iuan em quase 2% em 11 de agosto. O Banco do Povo da China havia classificado a medida de uma reforma de livre mercado, mas alguns a viram como o início de uma depreciação do iuan de longo prazo para impulsionar as exportações.


Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.