BC poderá ampliar limite de exposição cambial de bancos para 60% ainda este ano

Limite de exposição cambial deverá ser elevado de 30% para 60% do patrimônio; também muda regra de risco cambial

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Uma boa notícia para os bancos: a diretoria do Banco Central irá analisar ainda este ano a possibilidade de alterar as regras vigentes de exposição cambial das instituições financeiras, de forma a elevar o limite de exposição e diversificar as moedas que podem ser utilizadas na compensação do risco cambial.

A afirmação foi feita nesta quinta-feira pelo diretor de Normas do BC, Sérgio Darcy, que declarou, dentre outras coisas, que o limite de exposição cambial dos bancos poderá ser elevado de 30% para 60% do patrimônio de referência das instituições. O diretor do BC ressaltou que esta mudança na regra não seria apenas para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), estendendo-se a outros bancos.

Queda do dólar favorece elevação do limite de exposição

Esta elevação no limite da exposição cambial das instituições financeiras seria decorrente da forte queda que o dólar acumula frente ao real em 2003. Para se ter uma idéia, a moeda norte-americana acumula registra baixa acumulada de 17,22% no ano frente ao real. Em outubro do ano passado, a diretoria do BC havia determinado movimento contrário, reduzindo o limite de exposição de 60% para 30% do patrimônio.

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A decisão na época deveu-se, basicamente, à forte alta que o dólar registrava em relação ao real, um reflexo direto das incertezas relacionadas ao período eleitoral. De acordo com Darcy, o tema será encaminhado à diretoria do BC ainda este ano, mas não é totalmente garantido que a deliberação ocorra em 2003. Uma vez aprovado, a aplicação das novas regras deverá ser rápida, pois será publicada por meio de uma circular.

Cesta de diferentes moedas estrangeiras

Outro aspecto que deverá ser alterado diz respeito às normas de compensação do risco cambial, que atualmente admitem somente o dólar em seus cálculos. A idéia, segundo Sérgio Darcy, seria permitir às instituições o uso de uma cesta de diferentes moedas estrangeiras para compatibilizar ativos e passivos.

Darcy afirmou que o assunto já vinha sendo estudado pelo Banco Central há dois anos, fazendo parte de uma reformulação ampla das normas cambiais. Além disso, o BC teria pressa para implantar as novas regras de exposição cambial e também de compensação do risco cambial, de forma a favorecer as instituições financeiras.

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