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SÃO PAULO – Não teve jeito. O Banco Central tentou ser mais cauteloso, mudou sua forma de intervenção no câmbio, surpreendeu os investidores com uma manutenção da Selic, mas nada conseguiu segurar o ímpeto do dólar, que apenas nesta semana disparou 3,8% e chegou a encostar na marca de R$ 3,80. Nesta sexta-feira (18) o BC informou que irá triplicar sua oferta de swaps a partir de segunda-feira (21).
Portanto, agora serão ofertados 15 mil contratos de swap cambial em leilão às 9h30 (horário de Brasília) – até hoje eram 5 mil contratos diários. Além disso, o BC dará continuidade à rolagem dos 4.225 contratos que vencem em junho. Neste pregão o mercado já aguardava uma mudança na atuação diante da desenfreada valorização do dólar nos últimos dias.
Especialistas, porém, destacam que a intenção da autoridade monetária em sua atuação é reduzir a volatilidade, ou seja, o movimento muito forte de alta do dólar. Em outras palavras, o novo patamar do câmbio veio para ficar e o BC não vai lutar para fazer a moeda cair, mas sim para controlar um avanço rápido e forte como tem ocorrido.
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Em seu comunicado, a autoridade monetária ressaltou ainda que “os montantes das ofertas adicionais de swap poderão ser revistos e se reserva o direito de realizar atuações discricionárias, caso seja necessário”. O BC também explicou que sua atuação no mercado cambial é separada de sua política monetária.
“O Banco Central reitera que eventuais impactos de choques externos sobre a política monetária são delimitados por seus efeitos secundários sobre a inflação (ou seja, pela propagação a preços da economia não diretamente afetados pelo choque). Esses efeitos tendem a ser mitigados pelo grau de ociosidade na economia e pelas expectativas e projeções de inflação ancoradas nas metas. Não há, portanto, relação mecânica entre o cenário externo e a política monetária”, diz a nota do BC.