Bernanke: é importante impedir que inflação fique muito baixa

Em seus últimos meses de mandato, presidente do Federal Reserve disse que desejaria estar indo embora com uma taxa de desemprego de 5% no país, e não nos 7% atuais

Reuters

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WASHINGTON – O chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmou nesta quarta-feira que o banco central norte-americano seguirá alerta para impedir que a inflação caia muito abaixo da meta de 2 por cento.

“Como vocês sabem, meu mandato acaba em alguns meses, e eu desejaria estar indo embora com a taxa de desemprego em 5 por cento, em vez de 7 por cento”, disse ele em reunião em Washington. O mandato de Bernanke acaba em 31 de janeiro.

“Mas fizemos, acho, coisas boas para dar suporte a essa recuperação”, disse ele. “E é importante que continuemos a fornecer o suporte necessário para ajudar a colocar as pessoas de volta trabalhando e impedir que a inflação caia demais.”

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A medida preferida do Fed sobre pressões de preços aos consumidores, o índice PCE, está pouco acima de 1 por cento em termos anuais. Bernanke disse que isso é “muito pouco”.

O banco central dos EUA tem mantido a taxa de juros perto de zero desde o final de 2008 e quadruplicou o tamanho de seu portfólio para 3,8 trilhões de dólares buscando impulsionar o crescimento e as contratações através de três rodadas de grandes compras de ativos.

O BC prometeu manter as taxas baixas até que o desemprego atinja 6,5 por cento, desde que o cenário para a inflação permaneça abaixo de 2,5 por cento. A taxa de desemprego em outubro foi de 7,3 por cento.

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Autoridades do Fed decidiram em outubro manter as compras de títulos em 85 bilhões de dólares por mês. Críticos temem que o chamado “quantitative easing” alimente a inflação futura.

Bernanke disse que essas medidas podem ser removidas quando a economia se fortalecer e quando o desemprego “cair para um nível sustentável”, referindo-se à taxa máxima que a economia norte-americana pode tolerar sem alimentar a inflação.

“Então será importante para o Fed normalizar a política, para começar a elevar as taxas de juros, para começar a reverter, de alguma maneira, o quantitative easing, talvez simplesmente deixando que vençam os ativos”, disse ele.