Binance anuncia serviço de mineração de criptomoedas em nuvem

A medida abre uma frente de concorrência com a operadora de mineração em nuvem Bitdeer, de Jihan Wu

CoinDesk

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A Binance, maior exchange cripto do mundo em volume de negociações, continua sua investida na indústria de mineração de criptomoedas com um plano para começar a oferecer um produto de mineração em nuvem, que permite alugar máquinas de mineração e lucrar com a atividade sem ter equipamento próprio.

O lançamento oficial do serviço de mineração em nuvem ocorrerá em novembro, disse um porta-voz da Binance ao CoinDesk, por e-mail, na segunda-feira (17). Em um comunicado, a empresa afirma que irá comprar hashrate (poder computacional) de terceiros, sugerindo que ela não terá infraestrutura própria.

A medida abre uma frente de concorrência com a Bitdeer, de Jihan Wu, uma operadora de mineração em nuvem que lançou um fundo de US$ 250 milhões para comprar ativos em dificuldades no final de setembro. Wu é cofundador da Bitmain, a maior fabricante de máquinas de mineração de criptomoedas do mundo.

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Outro grande player no espaço de mineração em nuvem é a BitFuFu, apoiada pelo outro fundador da Bitmain, Ketuan Zhan. Bitdeer e BitFuFu vendem uma mistura de poder de computação próprio e de terceiros.

“Como um dos principais pools de mineração do mundo, o Binance Pool não apenas operará como um pool de mineração, mas também assumirá a responsabilidade de contribuir para a construção de uma indústria saudável, principalmente durante condições de mercado incertas”, disse o porta-voz da Binance.

Os mineradores de criptomoedas tiveram um ano difícil, com o preço do Bitcoin (BTC) de lado por meses, em torno de US$ 20 mil, muito longe de seu pico acima de US$ 68 mil, em novembro de 2021.

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Outras criptomoedas enfrentaram baixas semelhantes ou até piores no mesmo período. O “inverno cripto” também levou uma das maiores empresas relacionadas à mineração nos Estados Unidos a entrar com pedido de falência no final de setembro.

Enquanto isso, algumas empresas veem oportunidade para investir. A CleanSpark, mineradora que tem o brasileiro Bernardo Shucman na chefia da divisão de moedas digitais, realizou uma onda de compras de equipamentos de mineração e data centers. Já a plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) Maple Finance iniciou um pool de empréstimos de US$ 300 milhões para o setor.

O maior valor até aqui, no entanto, foi oferecido pela própria Binance, ao abrir na semana passada um fundo de US$ 500 milhões para financiar mineradores de Bitcoin.

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